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Mãe publica foto da barriga no pós-parto e promove reflexão

"Seja gentil com você mesma. E saiba que você não está sozinha. Comparação é o ladrão da alegria", escreveu Ruth Lee na postagem que viralizou na internet.

Por Luísa Massa
Atualizado em 7 mar 2017, 17h38 - Publicado em 7 mar 2017, 17h19

No fim de fevereiro, a blogueira Ruth Lee usou as redes sociais para fazer uma reflexão sobre a maternidade. Ela compartilhou uma foto da sua barriga no pós-parto e falou sobre as experiências que tem vivenciado nesse período de adaptação com o bebê recém-nascido.

“Eu estou postando isso essa noite com lágrimas nos olhos. Eu não posso evitá-las. A gravidez e o nascimento da minha garotinha foram as coisas mais incríveis que eu já fiz parte”, escreveu a mamãe no começo do texto. Ela continuou dizendo que respeita as mulheres que não querem ter filhos, mas que esse sempre foi o sonho da sua vida.

Acontece que, quando finalmente chegou o momento de ter um filho, Ruth percebeu que as coisas seriam diferentes na prática: “Eu segui muitas modelos grávidas durante a gestação. E quando elas se fotografavam ao lado da piscina 5 minutos depois do parto, eu pensava ‘Uau! Espero que isso aconteça comigo!'”.

Ela contou que deu à luz com 25 anos e teve uma gravidez saudável: fez o pré-natal corretamente, praticou atividades físicas, usou todo tipo de prevenção possível para as estrias, leu livros e estudou sobre o parto normal. Apesar disso, na hora do nascimento, a americana passou por um trabalho de parto traumático, foi submetida a uma cesárea, teve estrias e dificuldade para amamentar a filha.

A blogueira também explicou que tirou a foto da sua barriga alguns dias após a filha ter vindo ao mundo: “Realmente fiquei horrorizada. Eu não podia acreditar que era eu. Eu estou compartilhando isso porque sei, no meu coração, que há pessoas lá fora que estão lutando e sentindo-se inadequadas”.

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No fim do relato, ela deixou uma mensagem especial para quem está passando por dificuldades – como o término de um relacionamento, problemas no trabalho, falta de dinheiro ou sentindo-se perdido na vida. “Seja gentil com você mesma. E saiba que você não está sozinha. Comparação é o ladrão da alegria. Não deixe que as mídias sociais atrapalhem a sua visão do que é bonito, do que é REAL. E, acima de tudo, saiba que você está lutando, eu estou aqui”, ressaltou a mamãe.

Confira o post na íntegra e a tradução:

View this post on Instagram

I'm posting this tonight with tears in my eyes. I can't help it. The pregnancy and birth of my little girl was the most amazing thing I've ever been a part of. Some people don't want kids, and I respect that. Really, I do. But for me, You see, I always have. When it finally happened though, it was so hard to fully comprehend. Pregnancy and babies, I mean that's common. It's everywhere. But when it's YOUR body and YOUR baby, it's so different. You literally feel like it's a miracle. Because, when it happens to you, it is. What brings me to Instagram tonight, is the post-baby. I followed SO many pregnant models during my pregnancy. And when they photographed themselves pool-side 5 minutes postpartum, I thought, "wow! I hope that happens to me!" I was 25 when I gave birth. I was healthy. I was young. I stayed active during my pregnancy. I took the best prenatals, went to the gym, used every kind of stretch mark prevention you could think of. I took hours of birthing classes, read every book under the sun, and studied natural childbirth my whole pregnancy. I STILL ended up with a traumatic labor, cesarean section, scars, stretch marks, and unfortunately the inability to breastfeed long term. I took this picture a few days after I gave birth, when my PPD really first reared its head into my life. I took this and actually was horrified. I couldn't believe it was me. I'm sharing it because I know in my heart that there are people out there that struggle with inadequacy. That might think they are not beautiful, that they might be ruined, less worthy, or not good enough. Yours might not actually be physical scars, but maybe, a failed relationship, a difficulty in your career, a mental struggle, money issues, or just feeling lost in life. Be kind to yourself. And know that you are not alone. Comparison is the thief of joy. Don't let social media taint your view of what is beautiful, what is REAL. And above all, know that if you are struggling, I am here. I have an open inbox or (if you actually know me) an open door. #stopcensoringmotherhood #nofilter

A post shared by Ruth Lee (@baybayruth) on

“Eu estou postando isso essa noite com lágrimas nos olhos. Eu não posso evitá-las. A gravidez e o nascimento da minha garotinha foram as coisas mais incríveis que eu já fiz parte. Algumas pessoas não querem filhos e eu respeito isso. Realmente, eu respeito. Mas, para mim, veja você, eu sempre quis. Quando finalmente aconteceu, porém, foi tão difícil compreender completamente. Gravidez e bebês, quero dizer, isso é comum. Estão em toda a parte. Mas quando é o SEU corpo e o SEU bebê é tão diferente. Você literalmente sente que é um milagre porque, quando acontece com você, é. O que me traz ao Instagram essa noite é o pós-parto. Eu segui muitas modelos grávidas durante a gestação. E quando elas se fotografavam ao lado da piscina 5 minutos após o parto, eu pensava: ‘Uau! Espero que isso aconteça comigo!’. Eu tinha 25 anos quando dei à luz. Eu era saudável. Eu era jovem. Eu me mantive ativa durante minha gravidez. Eu fiz os melhores exames de pré-natal, fui à academia, usei todo tipo de prevenção de estrias que você pode pensar. Fiz várias horas de aulas de parto, li todos os livros e estudei o parto normal durante toda a minha gravidez. Mas, mesmo assim, eu acabei em um trabalho de parto traumático, com uma cesárea, cicatrizes, estrias e, infelizmente, a incapacidade de amamentar a longo prazo. Eu tirei essa foto alguns dias após dar à luz. Eu fiz esse clique e realmente fiquei horrorizada. Eu não podia acreditar que era eu. Estou compartilhando isso porque sei, no meu coração, que há pessoas lá fora que estão lutando e se sentindo inadequadas. Elas podem pensar que não são mais bonitas, que estão arruinadas, que não valem a pena ou não são boas o suficiente. Suas cicatrizes podem não ser físicas, mas, talvez, um relacionamento que não deu certo, uma dificuldade na carreira, uma luta com a saúde mental, problemas com dinheiro, ou apenas sentindo-se perdida na vida. Seja gentil com você mesma. E saiba que você não está sozinha. Comparação é o ladrão da alegria. Não deixe que as mídias sociais atrapalhem a sua visão do que é bonito, do que é REAL. E, acima de tudo, saiba que se vocês estão lutando, eu estou aqui. Eu tenho uma caixa de entrada e se você realmente me conhece, uma porta aberta. #PareDeCensurarAMaternidade #SemFiltro”. 

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