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Sexo na gravidez: 5 maneiras de aumentar o desejo

O corpo muda, os hormônios “enlouquecem” e a libido talvez entre em queda livre. Entender melhor seu corpo pode ajudar na vida sexual durante a gestação

Por Da Redação
Atualizado em 15 ago 2023, 11h44 - Publicado em 15 ago 2023, 11h41
casal sentado em uma cama. O homem está atrás dela e ela olha para ele, segurando seu queixo. A mulher está grávida
 (OR Images/Getty Images)
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Enquanto algumas mulheres se sentem verdadeiras deusas quando estão grávidas, outras veem a autoestima e o desejo sexual despencarem. Se você se identificou com o segundo cenário, não desanime e nem se desespere. As alterações no campo da libido são normais e esperadas nesse período e podem variar de acordo com a fase da gestação. Mas entender o que está acontecendo com seu corpo e com seu emocional é fundamental.

“A gravidez é um momento de crise intensa. Há mudanças importantes no nível social, psicológico e físico”, explica a ginecologista, obstetra e terapeuta sexual Junia Dias (@drajuniadias). O corpo se transforma completamente e não podemos nos esquecer das alterações hormonais. Tudo enquanto a mulher passa pelo processo de se tornar mãe e o parceiro, pai. “É claro que essa crise reflete na questão sexual”, lembra.

O ambiente também influencia. Depende de como essa família encara a gestação – se foi desejada ou não, como é o relacionamento com o parceiro (ou com a parceira), se essa mulher tem traumas, se já sofreu perdas gestacionais, o trabalho, a alimentação, a rotina… Uma infinidade de fatores. Mas o ponto é que a compreensão do momento e de todas as mudanças pode ajudar a definir estratégias que ajudam a melhorar a vida sexual.

Atenção! Não é preciso forçar. Caso você não esteja com vontade, não vai ter a menor graça, não é? É fundamental se conectar com o parceiro(a) de outras formas, enquanto a empolgação não volta. Respeite seu corpo.

Se você busca maneiras de aumentar o apetite sexual durante a gravidez, as dicas abaixo podem ajudar:

1. Lembre-se de que vai passar

São nove meses de emoções e mudanças. Cada mulher reage de modo diferente, mas, em geral, o segundo trimestre costuma ser o mais propício para o sexo. O primeiro, de acordo com Junia, tende a ser mais difícil: “É aquele momento dos enjoos, as mamas aumentam de tamanho e ficam doloridas, tem o receio, porque é a fase mais crítica para abortos, sobretudo para quem já passou pela experiência em gestações anteriores, entre outros motivos.”

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O terceiro trimestre, quando o parto se aproxima, também não é fácil, pois há toda a expectativa, além do cansaço, da barriga grande, da dificuldade de encontrar uma posição para dormir. O bebê, que está maior, mexe, aperta a costela, pressiona a bexiga… “O segundo trimestre é o mais estável. As mulheres se sentem melhor e parte delas tem o desejo sexual aumentado nesse momento”, diz a médica. É lógico que isso depende também do parceiro, da relação e da conexão dele com a mulher e com a gravidez.

2. Estimule suas zonas erógenas

O corpo humano é muito sensível e há vários pontos, além da região genital, em que o toque pode levar à excitação. “O mapa erógeno é individual”, afirma Junia. Isso significa que não há uma “receita de bolo”. Cada pessoa pode ser estimulada em áreas distintas – para descobrir isso, só testando. E as tentativas podem ser muito divertidas, se o casal estiver no clima.

“A área genital, onde estão a vulva e o clitóris, fica mais vascularizada durante a gestação, isto é, há mais sangue circulando por ali e ela fica sensível ao estímulo. Mas tem que saber tocar”, reforça a terapeuta sexual, que dá outra exemplo. “As mamas podem ficar doloridas no começo. No entanto, se elas eram uma zona erógena para aquela pessoa antes do primeiro trimestre, é provável que voltem a ser, passada essa fase inicial”.

casal deitado na cama olhando um para o outro
(Delmaine Donson/Getty Images)
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A especialista lista ainda outras regiões bastante sensíveis e que podem ser exploradas: as dobras atrás do joelho, o pulso, o pescoço, atrás da orelha. “O sussuro é uma maneira interessante de estimular as mulheres, porque elas são muito auditivas”, sugere. Resumo: coloque os cinco sentidos em ação!

3. Tenha em mente que sexo não é só penetração

Aliás, vai muito além disso! “As práticas sexuais variantes incluem masturbação, sexo oral, toques… Elas sempre funcionam como alternativas e também como estímulos para aumentar o prazer”, afirma a médica. Segundo ela, essas outras maneiras de manter uma relação podem aumentar a lubrificação e a circulação de sangue, o que eleva a sensibilidade ao toque e facilita o orgasmo. “É possível ter muito prazer na gestação. Em cerca de 20% das mulheres, o desejo até aumenta nessa fase”, pontua.

4. Pense em como você está se sentindo

Para dar certo, tudo depende muito da maneira como a mulher se enxerga durante a gravidez. Quando ela se concentra em si e em seu poder naquele momento, a autoestima aumenta e, com isso, o prazer.

“Essa mulher está no auge da sua natureza e precisa saber disso”, diz Junia. Também é importante que ela se sinta inteira e, para isso, necessita de companheirismo, atenção, tempo, descanso, uma boa alimentação, atividade física… “Tudo isso colabora para que ela se sinta plena, o que libera o desejo sexual”, destaca.

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5. Não se esqueça: não é só na cama que se desperta desejo

A ginecologista chama a atenção: “Nossa sexualidade é uma forma de comunicação e isso não acontece só no momento em que estamos a dois, na cama, na relação sexual. Tem o carinho, o olhar, o ‘bom dia’, o cuidado um com o outro, como vamos receber esse bebê, o quanto podemos rir juntos, o quanto podemos dividir e construir juntos”, diz.

Ou seja, o dia a dia e a vida do casal em todos os outros momentos estão completamente ligados à existência (ou não) de intimidade e desejo. Lembrem-se disso!

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