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9 verdades sobre o sexo na gravidez

Existe uma posição mais indicada? Ajuda no trabalho de parto? A gestação aumenta a libido? Tire as dúvidas!

Por Da Redação
30 abr 2023, 10h00

Durante a gestação, é comum que apareçam várias novas dúvidas sobre sexo. Afinal, é uma fase diferente, em que outra vida cresce dentro do corpo da mãe. A partir do momento em que o teste de gravidez dá positivo, muito do que antes acontecia com naturalidade passa a gerar preocupações – principalmente nos pais mais inexperientes.

Será que pode fazer? Em que situações é melhor evitar? O bebê sente algo quando a mãe tem relações? Com ajuda da ginecologista e obstetra Anna Beatriz Herief, da clínica de atendimento multidisciplinar Casa Pitanga (RJ), listamos alguns fatos importantes sobre sexo na gravidez.

Sexo na gravidez: pode, sim! 

Na maioria dos casos (pensando em gestações em que o pré-natal não indica nenhum fator de risco aumentado para a mãe ou para o bebê), as relações sexuais são liberadas – em qualquer trimestre. Não existem evidências científicas que associam o sexo a qualquer mau desfecho na gravidez, como aborto. Da mesma forma, a abstinência sexual nesse período não é entendida como fator protetivo. “Se for da vontade da mulher, ela pode praticar, sim, de maneira segura e sem remorso”, diz Anna. “Lembrando claro, que o sexo deve ser prazeroso e confortável, em qualquer fase da vida, mas principalmente na gestação”, acrescenta.

Relação sexual não machuca o bebê

Ainda que ouçam da parceira e, muitas vezes, do próprio obstetra, durante as consultas, que o sexo está liberado, muitos pais, sobretudo os homens, ficam preocupados com a possibilidade de machucar o bebê. Lembre-se de que a criança está bem protegida dentro da bolsa, e não vai ser impactada.

Quando não é permitido

Segundo a obstetra, são raríssimas as gestações em que o sexo deve ser evitado, mesmo quando a gravidez tem risco aumentado. Quem vai fazer essa orientação é sempre o médico que acompanha o pré-natal. “Na grande maioria dos casos, a relação só é contraindicada quando há sangramento importante ou ameaça de parto prematuro”, afirma Anna Beatriz.

Há posição mais indicada?

Não, pelo menos em termos de recomendações de saúde. “A posição mais indicada para a mulher é aquela em que ela sentir prazer e na qual se sentir confortável”, recomenda a médica. “Se a posição de quatro apoios não estiver boa, mude. Se fizer papai-e-mamãe e não estiver bom, mude novamente. Se estiver se sentindo ressecada, use lubrificante. E por aí vai…”, explica.

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O importante é respeitar o prazer e o conforto. Pode ser que, conforme a barriga cresça, seja necessário encontrar novas posições. Experimente para acertar. Ah, e aqui tem um guia para ajudar!

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(Kathrin Ziegler/Getty Images)

Vaginal, anal, oral…

Não há restrição para práticas sexuais na gravidez. “De novo, o que vale é ser prazeroso”, reforça a especialista.

O que o bebê sente?

Relações sexuais com orgasmo feminino causam contrações uterinas de treinamento. Então, o bebê não sente nada além do que ele já sente sempre, já que, a partir do segundo trimestre, contrações de treinamento são muito comuns e acontecem o dia inteiro, principalmente à medida em que a gestação vai progredindo”, comenta a ginecologista.

Além disso, o sexo faz o corpo da mulher liberar vários hormônios – como ocitocina, serotonina e dopamina, que dão a sensação de bem-estar. E o bebê acaba se beneficiando! “Mas isso não acontece exclusivamente com a relação sexual. Pode ocorrer também quando a mãe faz um passeio em um lugar legal, quando come alguma comida gostosa, enfim, quando experimenta qualquer coisa que cause felicidade”, diz.

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Preservativo? 

“Vale reforçar que a recomendação é fazer sexo protegido, como deveria ser sempre, exceto quando há o intuito de engravidar. Se já está grávida, é importante a mulher se proteger”, indica Anna Beatriz. Segundo ela, a camisinha é essencial, pois infecções sexualmente transmissíveis continuam circulantes, estando a mulher grávida ou não.

Libido que sobe e desce

Enquanto algumas grávidas têm a libido aumentada, outras acabam ficando com pouca ou nenhuma vontade de fazer sexo. E isso também pode mudar de acordo com a fase da gestação. “É muito individual”, resume a obstetra, lembrando que não é apenas a parte hormonal que interfere nesse sentido. “Há toda a questão social também, a autoestima, como a mulher está se sentindo… Tem gente que passa a gravidez bem, com pouquíssimos sintomas, se sentindo bonita, leve, extremamente funcional. Por outro lado, existem mulheres que sentem o contrário”, ressalta.

A libido, ela explica, é multifatorial e, por isso, tão variável. “O importante é se respeitar. Se estiver a fim, transe. Se não estiver, respeite seu corpo e respeite essa fase”, sugere.

Aquele empurrãozinho

Sabia que, além de não oferecer riscos, na maioria dos casos, o sexo na gravidez ainda pode ajudar? Na fase final (depois de 37 semanas), o bebê já está maduro e a mulher está perto de entrar em trabalho de parto espontâneo – a relação sexual com penetração e ejaculação no fundo da vagina pode, então, ser o empurrãozinho que faltava para as contrações engrenarem. “O esperma contém uma quantidade pequena de prostaglandina, que é justamente o hormônio que causa as contrações iniciais, que preparam o colo do útero para o nascimento”, explica a médica. De qualquer forma, é importante se atentar à questão do uso do preservativo, recomendado pela especialista.

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