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Produtos de beleza para grávida: o que observar e evitar na hora da compra

Nem todos os cosméticos usados antes da gestação podem continuar sendo aplicados sem riscos. Veja alguns cuidados fundamentais

Por Da Redação
16 ago 2023, 14h02

No momento em que o resultado positivo aparece no teste de gravidez, tudo muda e vem a descoberta de que aquele corpo não é mais só seu – e que assim será pelos próximos meses. Várias certezas viram dúvidas. Você não sabe mais se pode comer o que sempre comeu, se exercitar como antes e até se pode manter a mesma rotina de autocuidado. E aí, os cosméticos entram nessa lista. “Como a pele é um órgão que absorve as substâncias e algumas delas passam para a corrente sanguínea, o melhor é usar produtos de beleza certificados, que já foram testados e são seguros tanto para a mamãe como para o bebê”, explica a dermatologista Carolina Milanez, do Hospital Geral de Carapicuíba (SP) e do Hospital Heliópolis (SP).

Para evitar problemas, apontamos aqui 6 cuidados fundamentais ao escolher os cosméticos que a grávida usará ao longo da gestação. E lembre-se: na dúvida, é sempre essencial conversar com seu médico de confiança, ok?

1. A composição

Algumas substâncias comumente utilizadas no dia a dia podem ser prejudiciais na gravidez. Por isso, é importante conferir o rótulo, com a indicação e os ingredientes que compõem a fórmula. Carolina lista alguns exemplos de ativos dos quais você deve fugir:

  • Ácido retinóico e adapaleno: presentes em cremes para acne e rejuvenescedores. Não são indicados para gestantes pelo risco de malformações do feto e de aborto.
  • Ácido salicílico: não é 100% proibido, entretanto, se puder, o melhor é evitar. “Não há estudos realizados em gestantes, mas, em alguns animais, provocou efeitos colaterais. Em certos casos, com indicação médica, o benefício pode justificar o risco”, diz a dermatologista. É possível que ele seja um dos ativos de sabonetes, cremes para acne e para pele oleosa.
  • Hidroquinona: a substância clareadora não é recomendada para gestantes porque pode ter efeito contrário. Em vez de clarear manchas de melasma, intensificá-las.

2. Menos é mais

A quantidade de substâncias também conta. “Quanto menos componentes a fórmula tiver, menos conservantes foram usados”, afirma a especialista. Logo, segundo ela, mais seguro o cosmético tende a ser.

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3. A concentração

Alguns componentes podem ser usados nos produtos de beleza, mas com uma concentração diferente. É o caso da ureia. “Frequentemente está nos hidratantes. Nos cremes para gestantes, há um limite de até 3%”, exemplifica.

4. Cheirinho discreto

Prefira produtos sem cheiro ou com uma fragrância suave. Ainda que você goste de aromas mais marcantes, existe a possibilidade de que, na gravidez, sua tolerância a esses odores seja menor. “Durante a gestação, o olfato fica mais apurado e as mulheres podem ficar mais sensíveis aos cheiros”, afirma a médica.

grávida
(Pexels/Pexels)

5. Natural? Nem sempre

Muita gente se engana e acredita que itens vendidos como “naturais” ou “orgânicos” são sempre seguros para a gestante, mas isso não é verdade. “Não significa que a composição seja isenta de riscos como o de causar alergias na pele”, aponta Carolina. Receitas caseiras, a exemplo das que usam plantas ou frutas, também não são indicadas por ela. “Algumas frutas, em contato com a pele, podem causar manchas na pele da gestante”, orienta.

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6. O que vale para todos – e para a grávida também

Durante a gravidez, é ainda mais importante seguir as recomendações de uso seguro dos cosméticos, que servem para todos, em qualquer fase da vida. A especialista diz que é necessário se atentar à data de vencimento dos produtos, fazer testes em pequenas áreas da pele antes de aplicar em grandes regiões (para entender se pode haver reação), lembrar de retirar a maquiagem antes de dormir e, ao usar esmaltes com cheiro forte, fazer a aplicação em local com bastante circulação de ar, para não correr o risco de passar mal.

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