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Grávidas podem fazer exercícios físicos intensos durante a gestação?

Associação norte-americana de ginecologistas atualiza diretrizes e destaca diversas vantagens em suar a camisa. Veja os cuidados e modalidades recomendadas.

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 26 jun 2020, 10h01 - Publicado em 26 jun 2020, 10h01

Há não muito tempo, se acreditava que fazer muito exercício durante a gestação poderia ser perigoso. Hoje se sabe que a atividade física é muito benéfica não só para as mulheres, mas para os bebês. Inclusive se ela for intensa, como afirmam as diretrizes mais recentes do Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia (ACOG, na sigla em inglês). 

No geral, a recomendação é que gestantes que já malhavam de forma vigorosa continuem suas atividades, desde que com autorização médica. Para quem não malhava antes, a ideia é evoluir aos poucos, até chegar ao nível considerado ideal – 150 minutos de atividades moderadas distribuídos ao longo da semana. 

Segundo a entidade, os riscos envolvidos nos treinos são mínimos, e não há evidências concretas de que possam levar a abortos ou restrição de crescimento do bebê em gestações saudáveis. Até por isso, antes de seguir a rotina ou começar uma nova, é bom conversar com o médico para saber se há alguma contraindicação.  

Os benefícios do exercício na gestação 

O principal é evitar o sedentarismo, intimamente ligado ao ganho de peso excessivo, por sua vez um financiador de problemas de saúde, como o diabetes gestacional, hipertensão e pré-eclâmpsia.  O exercício, por outro lado, diminui esse risco e pode melhorar até a saúde do bebê, pois está associado a índices menores de partos prematuros e baixo peso ao nascer.  

Diversos estudos indicam que mulheres ativas parecem ser menos submetidas ao parto cesárea – em um específico, citado pela ACOG, a probabilidade da intervenção cirúrgica era até 55% menor.  Quer mais benefícios? Ele pode ajudar a prevenir as dores nas costas da gestação e até a depressão pós-parto

Atividades recomendadas

Cuidados para malhar 

Além da conversa com o médico para verificar se há algo que impede a prática, fique atenta à intensidade e a duração da prática. A ACOG alerta que, depois de mais de 45 minutos de exercícios intensos, há risco de hipoglicemia, por isso é importante adequar a alimentação para suportar o esforço. 

As atletas profissionais ou adeptas a modalidades bem intensas devem ficar atentas a hidratação corporal, hipertermia (isto é, o aquecimento prolongado e elevado da temperatura corporal) e ao risco de traumas fortes, daqueles que deixam hematomas. Também é importante verificar com o médico se os treinos pesados exigem adaptações. 

Outro ponto: alguns sinais de alerta indicam que é preciso interromper o exercício e procurar o médico. Entre eles, sangramentos, dores abdominais, contrações regulares e dolorosas, vazamento de fluído amniótico, tontura, dor ou inchaço nas panturrilhas e fraqueza muscular que afete o equilíbrio. 

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