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Negra Li sobre segunda gravidez: “Quero tentar o parto normal”

Em entrevista exclusiva ao Bebê.com.br, ela falou sobre a expectativa para o nascimento de Noah, os cuidados com o corpo e o canal que tem com a filha.

Por Luísa Massa
Atualizado em 26 jul 2017, 11h23 - Publicado em 24 abr 2017, 20h01
 (Rachel Guedes/Projeto Família)
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Negra Li já é mãe de uma menina de 7 anos, a pequena Sofia, mas agora está se preparando para receber um garotinho. No sexto mês de gestação, a cantora tem curtido cada momento dessa fase especial ao lado da filha e do marido, o músico Junior Dread.

Em um bate papo descontraído, conversamos com a artista sobre a criação dos filhos, os cuidados que está tendo na segunda gravidez, como ela concilia os compromissos profissionais com a rotina de mãe, os planos para o futuro e o programa de culinária que apresenta ao lado da primogênita. Confira:

Como surgiu a ideia de criar o canal do YouTube FamiLi Na Cozinha?

Negra Li: Tudo começou por causa da Sofia. Ela gostava de se filmar e pediu para o pai criar um canal pra ela. A gente conheceu uma amiga que é dona de uma escola de culinária e uma vez postei que estava fazendo alguma coisa com a minha filha e ela achou legal: ‘Nossa, por que a gente não faz [um canal]?’. A princípio era para a Sofia, mas ela pediu para que eu também participasse: ‘Eu quero fazer, mas quero que você venha também’. Daí nasceu o “FamiLi Na Cozinha”. A gente fez 10 episódios no ano passado e foi supergostoso. Gostamos de cozinhar, de aparecer no vídeo e juntamos as duas coisas.

Você acredita que a Sofia sente que a hora de cozinhar é um momento que ela pode estar mais próxima de você?

N.L.: Sim! Acho que todo mundo deveria fazer isso em algum momento da vida: juntar a família e fazer comida. É muito gostoso, muito prazeroso. Até hoje, quando estou na cozinha, a Sofia vai lá. No dia a dia, às vezes até falo: ‘Não, filha. Não precisa. Obrigada’. Mas ela quer ajudar porque é um momento para interagir.

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E como é a escolha das receitas? São coisas que vocês gostam de comer ou são mais fáceis para os pais reproduzirem em casa com os filhos?

N.L.: O intuito do programa é fazer receitas simples. Não necessariamente de dieta. A gente trabalha com todo o tipo de comida, farinha integral normal… Eu sempre falo para as pessoas: ‘olha, você pode trocar por farinha integral, por açúcar mascavo…’.  Já me peguei assistindo nossos próprios vídeos e refazendo a receita que a gente cozinhou. Os pratos são simples e, sobre a escolha, muitas vezes a gente opina. Fizemos muitas coisas que a Sofia gosta (como pão de queijo), mas a escola de culinária também sugeriu receitas pra gente avaliar.

https://www.instagram.com/p/BMFDdrfBXBB/?taken-by=negrali

Antes de ser mãe, você já cozinhava ou esse hábito surgiu com o nascimento da Sofia?

N.L.: Eu cozinho na hora que a gente precisa que eu cozinhe. Mas a gente vai muito a restaurantes porque eu não paro muito em casa e, quando eu paro, às vezes quero descansar. Mas a minha sopa é famosa: meu marido e a minha filha comem até! Meu macarrão também, que ela ama. Se eu tivesse mais tempo, eu faria mais porque faz diferença quando você cozinha com gosto, com amor, que é para agradar a pessoa que você ama. Meu marido também faz isso direto comigo e com ela.

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A sua rotina é sempre cheia. Como a Sofia lida com isso? Como é conciliar os compromissos profissionais com a maternidade?

N.L.: Eu não posso reclamar, sabe por quê? Porque tem mães que batem cartão. Eu sou mais livre. Apesar de não ter rotina, eu estou em um compromisso, como eu estou agora, mas já já vou para casa. Vou chegar e encontrar a Sofia. Eu sou muito presente na vida dela, mesmo tendo essa falta de rotina. Sempre faço de tudo para voltar rápido para casa. Eu pude ser mãe da minha filha quando ela era pequena e estive presente porque eu acompanho dilemas de mães que saem cedo, que têm que colocar [a criança] na creche com meses… Eu não sei o que é isso. Eu vivi com a minha filha, eu a levava para o camarim, fiquei próxima dela, podia estar com ela o tempo todo. A Sofia entende super [bem]. Agora, eu estou com a carreira mais tranquila porque ainda estou fazendo CD. Quando estou com o CD novo nas ruas, eu tenho que divulgá-lo, aí a coisa aperta e eu recebo uma reclamaçãozinha dela, mas eu sempre dou um jeito de retribuir.

E quando o segundo filho nascer? Você pretende manter o mesmo ritmo ou dar uma pausa maior na carreira?

N.L.: Antes de engravidar, eu falava assim: ‘não quero nem saber. Quando eu engravidar do segundo, eu não vou trabalhar cedo, eu não quero’. Hoje em dia eu já falo: ‘não [é bem assim]’. Eu quero ter [parto] normal para voltar à ativa rápido porque eu tenho videoclipe para fazer, um CD novo na área… A vida não para! Cada hora a gente está pensando de uma forma, mas, para esse bebê, eu sinto que também vou conseguir fazer as duas coisas e não penso em diminuir ou em parar porque não sou assim. Eu já tenho uma viagem para fora do Brasil e ele vai. Se ele não for, eu não vou.

Você vai fazer de tudo para que o seu filho também possa te acompanhar, especialmente quando ele for recém-nascido?

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N.L.: Com certeza. Principalmente até os 7 anos [de idade], que você está moldando a personalidade da criança, ajudando a construí-la. É muito importante estar por perto e acho que eu fiz um bom trabalho com a Sofia. Ela tem 7 anos e já dá para ver a personalidade dela bem formada: é uma criança educada, de Deus, religiosa, muito cuidadora. Às vezes eu comento assim: ‘ah, estou com queimação’. Ela vem com copo de água e: ‘toma, tá queimando, né? Toma água’. Ela faz sem eu pedir, só de me ouvir reclamar. Foi por isso que esperei tanto [para ter outro filho]. Tinha hora que eu queria esperar, tinha hora que eu não queria ter… Mas eu acho que veio no momento certo. A Sofia teve a exclusividade dela e eu vou ter dois filhos únicos.

Você comentou que a Sofia está feliz em ganhar um irmãozinho, mas ela não ficou enciumada com a novidade?

N.L.: Uma vez eu comprei um tapete unissex (bege com dinossauros marrons e azuis) e coloquei na brinquedoteca. Daí ela perguntou: ‘pra quem é esse tapete?’. Eu falei: ‘quem que está aqui? Porque ele está na barriga’. Então é uma coisinha ou outra, mas não é da personalidade dela porque eu sei que tem criança que sente [ciúmes], mas a Sofia, eu não sei… Ela tem, mas é muito sutil! Vou fazer o quartinho para o bebê, mas vou refazer o quartinho para ela ao mesmo tempo. Eu compro uma coisa ou outra para o bebê e compro para ela também porque sinto vontade. Ela sempre vai ser a princesa da casa e agora vem o príncipe. Cada um tem o seu reinado! Ela não vai precisar se preocupar.

Quais foram as principais diferenças que você sentiu entre uma gestação e outra?

N.L.: Nessa segunda gravidez, eu realmente fiquei grávida. Eu brinco assim porque tudo o que você pode ter numa gestação eu tive: cansaço, enjoo, sono… Na primeira não senti nada disso. Eu tive enjoos esporadicamente, tanto que no começo eu pensei: ‘ah, agora entendi. Eu estou passando [por isso] que é para não engravidar mais. Não vou ter mais vontade de ter outro’. Depois que passou o período mais crítico, eu pensei: ‘ah, não. Acho que vou querer mais um sim’.

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E você pensa em aumentar ainda mais a família e ter um terceiro filho?

N.L.: Penso! Vamos ver. Porque é muito gostoso ficar grávida. Só quem já ficou, quem é mãe sabe. Eu tive cesárea com a Sofia por escolha, principalmente porque a médica me indicou. Os médicos fazem a nossa cabeça – essa médica gostava de cesárea e me ‘fez’ fazer cesárea. Já com essa que gosta de normal, eu já estou pensando na ideia, principalmente para poder ter um terceiro filho, porque eu acredito que fazer duas cesáreas e depois ter outro bebê ficaria difícil. Mas vamos tentar e sem frustração!

Então você quer tentar o parto normal?

N.L.: Quero! É como eu penso sobre a amamentação: sei que posso sofrer, mas o que vou fazer para não sentir dores? Tomar sol, passar esponja, tudo o que for necessário. No parto normal, eu sei que posso sentir dor e o que vou fazer? Exercícios físicos, preparar o abdômen, o períneo, tudo o que for necessário para me ajudar na respiração… Estou me preparando fisicamente e psicologicamente, além de pesquisar muito!

https://www.instagram.com/p/BRZf7svjPg5/?taken-by=negrali

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E você está cuidando da alimentação na gravidez?

N.L.: Sim, mas nada exagerado. Eu como pão integral, que eu já estou acostumada. Quando como o de farinha branca eu me arrependo porque fico cheia, não me faz bem, me dá azia. Mas é uma coisa que eu já vinha fazendo. Eu me alimento bem, só não consumo besteira. Eu como de 3 em 3 horas e acho que isso já ajuda.

E teve algum desejo estranho?

N.L.: Pé de galinha! Não posso nem falar porque a minha mãe está em Portugal e é ela quem faz. [Recentemente], ela fez e eu gostei tanto… Comi no dia, no dia seguinte e aí depois eu tentei usar o molho do pé de galinha para colocar no macarrão. Ficou horrível, mas eu precisava comer aquele molho. Cheguei até a falar pra ela: ‘mãe, tritura e faz uma geleia porque eu pesquisei que faz bem pra estria, para o corpo’ e era bem na época dos enjoos. Ela fez tudinho pra mim, mas quem disse que consegui [comer]? Me dava ânsia. Mas passou e agora estou com vontade de novo.

Você tem algum cuidado específico com o corpo, que segue desde a primeira gestação?

N.L.: Na segunda eu estou tendo mais. Na primeira, eu vacilei e ganhei bastante estria. Agora, eu estou fazendo drenagem, além dos exercícios físicos, cremes manipulados e tomando bastante líquido. A gente aprende!

Você é mãe de uma menina e agora vai ser mãe de um menino. Como você pretende empoderar a sua filha e ensinar o Noah a respeitar as mulheres?

N.L.: Eu já tenho um baita exemplo dentro de casa, que é o meu marido: um homem maravilhoso, que respeita as mulheres e os negros – porque o meu esposo não é [negro], mas ele pensa que é [risos]. Ele luta pela causa! Por isso, acho que eu vou ter um excelente homem para criar um homenzinho e excelentes mulheres para que ele também tenha como exemplos.

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