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Glossário da gravidez: o que é o ácido fólico?

O nutriente é importante para prevenir doenças no sistema nervoso do bebê e sua suplementação pode ser indicada ainda antes da gestação.

Por Flávia Antunes
Atualizado em 12 abr 2021, 18h22 - Publicado em 9 abr 2021, 15h47
Glossário-da-grávida-ácido-fólico
 (Victoria Daud/Bebê.com.br)
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Aumentar a família, ainda mais se você for mãe de primeira viagem, significa entrar em contato com um vocabulário totalmente novo – e nem sempre tão intuitivo. Algumas palavrinhas talvez já tenham surgido enquanto você pesquisava na internet ou em uma conversa com sua amiga, mas outras aparecem pela primeira vez só dentro do consultório médico.

Um destes termos, bastante usado quando a mulher está se preparando para a gestação, é o ácido fólico. De acordo com o ginecologista e obstetra da Clínica Vidabemvinda, Oscar Duarte, o nutriente nada mais é que a forma sintética do folato, nome técnico para a vitamina B9, e sua prescrição pelo médico tem tudo a ver com o bem-estar do bebê que está por vir.

A seguir, respondemos as principais perguntas das gestantes sobre o termo: 

Por que o ácido fólico é tão importante? 

Na gestação, a principal função do ácido fólico é participar do fechamento do tubo neural, estrutura presente no embrião que dará origem à coluna e ao crânio e, consequentemente, reduzir o risco de malformações e doenças do sistema nervoso central do bebê.

“Manter os níveis de folato adequados na gestante previne defeitos na coluna vertebral do bebê (como a mielomeningocele, meningocele e espinha bífida) e também no crânio, como a anencefalia”, explica o obstetra.

E seu papel não para por aí! Por atuar no metabolismo de um aminoácido chamado metionina, o ácido fólico – quando em níveis adequados no corpo – ajuda a prevenir a hiperhomocisteinemia, condição responsável pelo aumento do risco de abortamentos, falhas de implantação, trombose e até embolia pulmonar. 

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“Além disso, manter as concentrações do folato colabora na prevenção de um tipo de anemia em que os glóbulos vermelhos ficam muito grandes, conhecida como macrocítica”, acrescenta Oscar.

Quando começar a tomar?

O tubo neural se forma logo bem cedo, encerrando seu desenvolvimento por volta da sexta semana. Por isso, para que exerça sua função no organismo da mulher, o médico recomenda que a suplementação com ácido fólico seja iniciada pelo menos seis semanas antes da gravidez e mantida nas primeiras seis semanas da gestação.

Dependendo de qual for o caso da mãe, a ingestão do nutriente pode continuar ainda meses depois. “Visando a prevenção de anemia e das outras complicações citadas acima, a suplementação de folato pode ser mantida até o parto e puerpério, especialmente em pacientes com alimentação pobre em vitamina B9”, indica o ginecologista. 

Existe uma dose recomendada?

As quantidades sugeridas para cada mulher, bem como o melhor tipo de suplemento, vai variar de acordo com suas necessidades nutricionais – por isso, somente seu médico saberá responder com certeza.

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De forma geral, Oscar afirma que a dose recomendada para suplementação de ácido fólico na gestação é de 0,4 mg por dia. No entanto, a indicação muda quando falamos de alguns grupos específicos, como de pessoas que já tiveram bebês com defeitos do tubo neural, pacientes que usam anticonvulsivantes, diabéticas e mães de gêmeos, que podem precisar de doses maiores (até 4 mg).

“Pacientes com mutações genéticas nos genes que codificam a enzima MTHFR (enzima que metaboliza o folato), utilizam o ácido fólico ingerido de maneira menos eficiente e também precisarão de doses mais altas (1 a 2 mg) ou precisarão utilizar a forma ativa da vitamina B9, o metilfolato”, complementa ele.

Dá para retirar o nutriente da alimentação?

Embora suplementos de ácido fólico sejam encontrados nas prateleiras de farmácias e clínicas de manipulação, sua forma natural pode sim ser encontrada em alimentos – principalmente nos vegetais folhosos, como couve, repolho, espinafre, além de ervilhas, feijão, brócolis e couve-de-bruxelas.

“Já o fígado, embora rico em ácido fólico, deve ter sua ingestão limitada na gestação, pelo risco de ingerir um excesso de vitamina A, que pode ser danosa para o feto”, alerta Oscar. Mas como nem sempre os alimentos garantem todo o aporte necessário do nutriente, pode ser necessário recorrer à suplementação neste período antes de dar à luz.

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