Tomar ácido fólico na gravidez pode reduzir risco de obesidade na criança, aponta estudo

Na pesquisa americana, as mulheres obesas eram as que mais apresentavam déficit do nutriente.

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 28 out 2016, 06h57 - Publicado em 20 jun 2016, 16h31
gevende/Thinkstock/Getty Images
gevende/Thinkstock/Getty Images (/)
Continua após publicidade

Já é consenso no mundo inteiro que manter o ácido fólico em doses adequadas durante a gravidez é essencial. Isso porque esse nutriente – encontrado naturalmente em alimentos como espinafre, lentilha e abacate na forma de folato, uma vitamina do complexo B – participa de toda a formação do tubo neural do bebê, e a sua carência está diretamente associada a problemas como hidrocefalia, anencefalia e espinha bífida. E de acordo com um estudo recente da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, o déficit dessa substância na gestação também pode estar ligado à obesidade na criança no futuro.

A pesquisa foi publicada no dia 13 de junho de 2016 no periódico científico JAMA Pediatrics. Participaram do levantamento 1500 mães e crianças com idades entre 2 e 9 anos. Os estudiosos coletaram informações sobre os voluntários antes, durante e depois da gravidez, e os níveis de ácido fólico foram medidos três dias após o parto.

Entre os achados da investigação está a relação entre os índices de folato na mãe e o peso dos pequenos: mamães com taxas baixas do nutriente tinham filhos com maior risco de sobrepeso. Os pesquisadores também notaram que as mulheres obesas eram as mais propensas a apresentar níveis menores dessa vitamina no sangue. No entanto, os filhos daquelas que não estavam em dia com a balança mas contavam com boas doses de ácido fólico tinham uma tendência menor à obesidade. 

“O folato é bem conhecido por prevenir defeitos no cérebro e na medula espinhal em um feto em desenvolvimento, mas seus efeitos em desordens metabólicas, como diabetes e obesidade, são menos conhecidos”, comenta Cuilin Zhang, coautor do estudo.

Apesar de estar presente naturalmente em alimentos, a quantidade desse nutriente ingerida pela alimentação é baixa – daí a necessidade de suplementar. A recomendação é que as grávidas tomem doses diárias de 400 µg da vitamina e que a reposição comece no mínimo 30 dias antes da concepção. Mas nada de tomar cápsulas por conta própria: converse com o seu médico antes! 

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

oferta

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.