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Estes são os maiores medos das mulheres durante e após a gravidez

Uma pesquisa brasileira, conduzida pela femtech Theia, entrevistou mulheres ao redor do país para entender as aflições que rondam a maternidade.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 1 dez 2020, 19h03 - Publicado em 1 dez 2020, 13h37

Após a longa espera de 12 semanas, período em que as chances são maiores da gravidez ser naturalmente interrompida, você decide contar a novidade para a família e às amigas mais próximas. Há muita comemoração com a notícia, mas também o desabafo: “eu chorei de felicidade, mas fiquei com medo”.

Este misto de sentimentos que começa ao ver os dois traços marcados nos testes de gravidez de farmácia ou o positivo no exame de sangue se estende ao longo da maternidade, e foi isso que mostrou a pesquisa brasileira da femtech Theia, clínica de saúde centrada nas necessidades femininas e gestantes. O levantamento contou com a participação de 450 mulheres ao redor do país e, a partir dos dados reunidos, descobriu-se os medos mais frequentes entre grávidas durante e após os nove meses.

O primeiro deles é que 60% das entrevistadas têm receios sobre a saúde do bebê ainda dentro da barriga, o que leva ao segundo dado importante: 50% delas têm medo de perder o filho.

Ainda durante o desenvolvimento do bebê, 32% das gestantes sentem medo de não ser uma boa mãe antes mesmo de segurarem o filho nos braços. A mesma porcentagem engloba também o receio de ter dificuldades durante a amamentação.

O parto também pesa

Já no nascimento do bebê, 29% das entrevistadas se sentem fragilizadas pelo receio de não conseguirem dar à luz por meio do parto normal. Enquanto que 32% relatam ter medo de sentir dor no processo.

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Estas dúvidas ficam ainda palpáveis com os dados da prática. O levantamento pontua que 51% das participantes tinham a intenção que seus filhos viessem ao mundo através do parto normal, mas apenas 32% realmente conseguiu o feito.

As nuances da violência obstétrica

Outra faceta da pesquisa é a percepção de que ainda é nebuloso o que é considerado violência obstétrica pelas mulheres, reforçando a importância de que o assunto seja falado com frequência e clareza durante a gestação e antes dela.

No levantamento, apenas 10% das entrevistas apontam que sofreram violência obstétrica. No entanto, a pesquisa detalhou situações que são consideradas violações na hora do parto, e 25% das mulheres assinalaram que passaram por pelo menos uma delas.

As mais apontadas pelas mães foram: não poder estar com o bebê após o parto, não recebê-lo em seu colo para amamentá-lo, e não ter a sua dor validada durante o processo.

Os desafios do puerpério

A pesquisa mostra ainda que 84% das entrevistadas disseram que tiveram uma rede de apoio, com familiares e amigos, após o nascimento do bebê. O mesmo vale para um acompanhamento médico ativo neste período.

Entretanto, ainda que estes recursos sejam importantes para que o puerpério seja menos difícil, ele é um período marcado por um misto de sentimentos – especialmente pela oscilação hormonal que a mulher está passando, assim como todo o processo de adaptação de ter um recém-nascido em casa.

Assim, 64% relatam que um dos principais desafios deste momento é a privação de sono. Já 55% reforçam que são as dificuldades com a amamentação, enquanto que 23% lembram do baby blues, um estado de melancolia profundo após o nascimento do filho.

Já no ranking de sentimentos, em primeiro lugar aparece a felicidade, apontada por 65% das participantes. Já 52% elegem a sensação de realização como a segunda emoção mais presente. Em terceiro, surge o cansaço com 41%, a insegurança em quarto com 35% e o medo em quinto, com 32%.

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