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Cérebro das mulheres muda durante a gravidez, confirma estudo

Está se sentindo meio estranha? Pois saiba que não está sozinha - e que há uma explicação científica para isso. Vem ver!

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 26 jan 2018, 10h00 - Publicado em 26 jan 2018, 10h00
 (grinvalds/Thinkstock/Getty Images)
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É comum ver grávidas reclamarem que esqueceram alguma coisa ou se sentem mais lentas. O fenômeno, chamado em inglês de “baby brain”, algo como “cérebro de bebê”, já foi questionado pela ciência, mas uma nova pesquisa mostra que, sim, há um pequeno prejuízo no funcionamento do cérebro das futuras mamães.

O trabalho foi feito por pesquisadores da Universidade de Melbourne, na Austrália, que analisaram 20 estudos sobre o tema. Os resultados mostraram que, quando comparadas com mulheres que não estão grávidas, as gestantes apresentam declínio cognitivo, que pode se manifestar com os tais esquecimentos ou dificuldade para raciocinar. O impacto era maior no terceiro trimestre.

Os autores explicam que essas diferenças parecem ligadas à recente descoberta de que há uma diminuição no volume de substância cinzenta no cérebro da mulher durante a gestação. Esse tecido carrega os neurônios e atua em funções cerebrais importantes, como coordenar impulsos elétricos, atividade muscular e processamento de informações.

“O cérebro é muito sensível à ação de hormônios cujos níveis aumentam durante a gestação, sem contar o estresse psicológico e o metabólico do organismo, que precisa nutrir o bebê”, explica Fábio Porto, neurologista do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). “Mas trata-se provavelmente de um transtorno temporário”, conclui Porto.

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Vale ressaltar, ainda, que o impacto é leve e não necessariamente sentido por todas as mulheres. De qualquer maneira, há jeitos de preparar a mente para atravessar períodos conturbados. “O ideal é tentar manter uma rotina de sono adequada, se possível dormir um pouco mais até fazer exercícios físicos, mesmo que leves, e atividades que estimulem o cérebro e a concentração, como ler e ouvir música”, ensina o neurologista.

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