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Após transplante de útero, mulher da à luz dois filhos

A norte-americana Chelsea Jovanovich descobriu uma síndrome na adolescência e achava que nunca conseguiria ficar grávida

Por Isabelle Aradzenka
8 fev 2023, 17h33

“Nunca em meus sonhos mais loucos pensei que seria capaz de carregar meu próprio filho”, contou Chelsea Jovanovich para o portal Today. Aos 15 anos, a norte-americana descobriu que era portadora da síndrome rara Mayer‐Rokitansky‐Kuster‐Hauser (MRKH) – condição que limita o desenvolvimento do útero. Ela e o marido chegaram a tentar barrigas de aluguel para aumentar a família, mas o processo não deu certo para o casal.

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Foi quando a mulher decidiu se candidatar em um programa de transplante uterino da Penn Medicine, na Filadélfia. A operação transfere o útero de uma doadora viva ou falecida para outra mulher. O procedimento é considerado experimental e apenas 50 deles foram realizados no mundo todo, segundo o portal.

Com muita surpresa, Chelsea foi selecionada. Em fevereiro de 2020, passou pela cirurgia, que durou 12 horas. Depois de 6 semanas de recuperação, os médicos tentaram implantar embriões do casal no útero. A primeira tentativa, no entanto, falhou. A alegria veio com o segundo embrião, que resultou em um teste de gravidez positivo.

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Em maio de 2021, Chelsea deu à luz Telden. “Passei a vida toda pensando que não seria capaz de gerar um filho. Foi como algo que saiu de um sonho“, disse ao veículo. A família ainda tinha um terceiro embrião sobrando, que foi guardado para uma próxima gravidez.

O programa permite que as mulheres concebam uma outra criança, caso a primeira gestação tenha corrido bem. Assim fez Jovanovich, que deu boas-vindas ao segundo filho em outubro de 2022. Stetson foi o 25º bebê nascido de uma mulher que fez um transplante de útero nos Estados Unidos, de acordo com o Today.

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Durante todo o processo, Chelsea precisou tomar medicamentos imunossupressores, para que o corpo não rejeitasse o órgão “novo”. A substância causa alguns efeitos colaterais, como perda de cabelo, tremores e dores de cabeça. Por isso, o útero será removido para que a mãe possa parar de ingerir os remédios. “A primeira vez que engravidei, foi irreal. Foi muito difícil para mim aceitar que estava grávida. Na segunda, pude aproveitar um pouco mais. Foi bom estar grávida de novo”, contou para o portal.

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