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Tráfico de bebês: operação investiga esquema entre interior de SP e Europa

Homem português detido preventivamente afirma "adotar" os bebês, mas registro foi feito de forma fraudulenta com documentos falsos

Por Da Redação
6 dez 2023, 11h15
Recém-nascido-no-hospital
 (Cultura RM Exclusive/Wonwoo Lee/Getty Images)
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Em Valinhos, no interior de São Paulo, um empresário português foi preso preventivamente na última segunda-feira, 4, como parte de uma investigação realizada pela Polícia Federal contra o tráfico internacional de bebês. Além do homem, uma brasileira, identificada como secretária dele, duas advogadas e duas mães também estão estão sendo averiguadas pela operação.

De acordo com a PF, o homem conseguiu fugir com um bebê em 16 de novembro deste ano, mas foi detido antes que conseguisse levar o segundo. O objetivo, agora, é reconhecer a mãe de cada criança para saber como elas foram aliciadas e de quanto seria o pagamento. A Polícia acredita que uma delas é de Marabá, no Pará, e outra é da capital paulista.

A investigação começou a partir de uma denúncia do Ministério Público de São Paulo, que identificou o abandono de uma recém-nascida, registrada posteriormente como filha de um homem de nacionalidade portuguesa. Em menos de um mês, outro caso parecido aconteceu e o registro se deu pela mesma pessoa – depois, verificou-se que os documentos usados eram falsos.

A Operação Deverra, como foi nomeada, estende-se também a Itatiba, onde duas mulheres de um escritório de advocacia foram alvo de mandados de busca e apreensão – elas teriam dado entrada ao pedido de guarda unilateral dos bebês, para que o homem conseguisse sair do país sozinho com eles. No local, 11 mil dólares e 6 mil euros foram encontrados. A Polícia Federal investiga ainda a Santa Casa de Valinhos, para saber se algum funcionário colaborou com o esquema, afinal, as mães foram deslocadas para darem à luz lá.

De acordo com reportagem do G1, o português detido justificou que estaria “adotando” os bebês com um suposto marido. Ainda assim, por se tratar de um registro com documentos falsos e retirada fraudulenta da criança do país (além da tentativa de fazer o mesmo com o segundo), já se configura como tráfico de pessoas.

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