Medo irracional de vômito fez esta mãe pedir para ser afastada dos filhos
A britânica Lisa Partington sofre com emetofobia. Entenda o que isso significa e o que ela tem tentado fazer para tratar a questão
Enfrentar enjoos matinais na gravidez e, depois, se responsabilizar pela limpeza de vômitos, urina e fezes do recém-nascido são algumas das tarefas já esperadas quando falamos sobre maternidade, certo? Para boa parte das mães e gestantes, tudo isso pode soar apenas desagradável, mas para a britânica Lisa Partington, de 36 anos, essas situações ganharam um peso tão grande, que quase custaram o relacionamento com o marido e os dois filhos do casal.
Isto porque ela sofre do transtorno conhecido como emetofobia, um medo irracional e exagerado de presenciar qualquer tipo de vômito ou de regurgitar em frente a outras pessoas, acompanhado por TOC, ansiedade e transtornos alimentares.
A condição surgiu aos 24 anos, depois de Lisa ser surpreendida com o falecimento de uma de suas avós, a qual era bastante apegada. O transtorno sempre afetou os relacionamentos da britânica e o início de seu casamento foi marcado por bastante compreensão e insistência do parceiro.
Em entrevista ao Daily Mail, ela disse que, durante suas duas gestações, ficou aterrorizada ao pensar em passar pelos enjoos típicos da gravidez – para seu alívio, foi poupada dos sintomas! No entanto, os problemas e as crises do transtorno se intensificaram quando as crianças, hoje com 4 e 7 anos, cresceram.
“Se um deles está doente, não posso ficar perto. Então, meu marido cuida de um enquanto eu lido com o outro. Muitas vezes, eu me sinto uma péssima mãe, porque há coisas que não posso fazer e eu sei que isso afeta meus filhos”, contou ao veículo.
Lisa também acredita que a condição coloca muita pressão em cima do companheiro. Mais de uma vez, ela pediu que ele a deixasse, para poder viver uma vida “normal” com as crianças. “Minha vida inteira é planejada em torno de meus filhos, o que torna tudo realmente difícil, se fico absolutamente aterrorizada por estar perto deles”, comentou.
Esperança: o tratamento para emotofobia
A britânica iniciou o tratamento para o transtorno com sessões de terapia especializada, que irão ajudá-la a deixar algumas situações mais suportáveis. Lisa conta que, depois de iniciar o acompanhamento, conseguiu finalmente fazer uma viagem longa de carro em família para visitar a mãe.
“Tenho esperança de que eu vá trabalhar minha fobia através do programa de tratamento, e não apenas esperar que meus filhos se tornem adolescentes e consigam cuidar de si mesmos”, disse.