Bebês sentem o amor? Saiba como eles descobrem esse sentimento
Pequenos gestos e demonstrações podem significar um grande sentimento por parte do bebê

A palavra amor carrega diferentes significados e muitas vezes é associada às demonstrações mais claras, como abraços, beijos e palavras. Mas o que dizer de quem ainda não consegue expressar esse sentimento de forma verbal? Este é o caso dos bebês. Mesmo sem falar ou compreender completamente o conceito de amor, eles são capazes de senti-lo de maneiras muito especiais.
O amor através dos sentidos
O amor passa por diversos sentidos: audição, visão, olfato, tato e paladar. Ele resulta de várias reações químicas que provocam nossos sentidos e produzem comportamentos como carinho, cuidado e empatia. Os bebês demonstram que estão recebendo amor ao interagir com os pais através de pequenos gestos, como o sorriso ou a busca por contato físico. O toque, a conversa, o brincar e o olhar direto são formas muito poderosas de transmitir e perceber o amor.
A importância de um começo cheio de afeto
Um bebê que cresce cercado de amor tem maiores chances de se tornar um adulto emocionalmente saudável e cheio de amor para compartilhar. Como o cérebro é moldado pelas experiências vividas, especialmente nos primeiros anos de vida, o carinho recebido nessa fase tem impacto direto no desenvolvimento neurológico.
As melhores maneiras de expressar amor são sensoriais. Por isso, tudo o que um pai ou uma mãe faz – desde o toque até o cuidado no dia a dia – é uma demonstração desse sentimento. Atitudes simples como trocar fraldas, alimentar, dar banho ou aconchegar nos momentos de choro têm um papel fundamental no fortalecimento do vínculo emocional entre pais e filhos.
Ciência e emoção caminham juntas
Pesquisas comprovam que as experiências afetivas dos primeiros anos de vida são fundamentais para o desenvolvimento do cérebro. Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, mostrou que o amor dos pais tem influência direta no hipocampo, região cerebral ligada à memória, ao aprendizado e ao controle das emoções.
Segundo os cientistas, isso ocorre porque o cérebro dos bebês é altamente elástico e responsivo ao que é vivido nos primeiros meses. Assim, o carinho recebido nessa fase contribui para a formação de habilidades cognitivas e emocionais que perduram por toda a vida.
O ciclo do amor
O amor dos pais é a base para o bebê aprender a amar. Os bebês demoram para conseguir dizer ‘obrigado’ ou ‘te amo’, mas demonstram esses sentimentos dormindo, comendo e crescendo. Os pais que percebem o amor se manifestando dessa forma, se acalmam e se sentem recompensados.
Esse sentimento é uma troca que começa cedo e cresce com o tempo. Quando uma criança recebe amor, ela devolve o amor. E amor é isso: um sorriso, uma alegria, uma troca e um carinho. Portanto, mesmo que não expressem o sentimento de maneira verbal, os bebês sabem que são amados e retribuem da melhor forma que conseguem.
Consultoria: Dr. Cláudio Len, pediatra e Silvia Lobo, psicóloga, psicanalista