A partir de qual idade a criança pode começar a fazer atividade física?
Dá para se exercitar desde muito cedo na vida, mas é importante contar com profissionais capacitados para não afetar o desenvolvimento
A atividade física é importante em qualquer fase da vida, e os benefícios são sentidos desde a infância. Ainda assim, com tantas opções de esportes e treinos à disposição, sempre fica a dúvida — quando começar?
Mexer o corpo já começa na pré-escola
A rigor, a partir do momento em que consegue caminhar e correr por conta própria, uma criança pode — e deve — ser fisicamente ativa.
Ou seja, já aos 3 anos é possível incentivar atividades que movimentem o corpo, o que não quer dizer que o pequeno deva fazer um treino estruturado: é a idade de subir, pular, correr, dançar e fazer jogos lúdicos em que o corpo fica em constante movimento.
Geralmente, quando se entra na pré-escola essas aptidões já começam a ser desenvolvidas.
E depois?
A partir dos 6 anos, a criança já pode começar a participar de atividades mais estruturadas, como a prática de esportes coletivos ou a realização de atividades mais intensas como andar de bicicleta ou nadar.
Pouco a pouco, e sempre com o devido acompanhamento especializado de um treinador com formação em educação física, é possível estabelecer uma rotina diária com pelo menos uma hora de atividades.
Cuidados
Embora pareça que musculação é coisa de adulto, estimular o fortalecimento muscular desde cedo também é uma boa pedida para a saúde em geral. Mas, neste caso, os cuidados devem ser redobrados: é preciso contar com apoio de um treinador que entenda de desenvolvimento infantil, sempre com pesos e séries que façam sentido para o corpo e idade da criança, de modo a evitar lesões.
Além disso, quanto mais vigorosa for a atividade física, mais importante é ter também acompanhamento de um médico pediatra. É importante observar se o crescimento da criança está de acordo com o que se espera para aquela idade — o gasto energético com os exercícios pode exigir adequações na alimentação, por exemplo, ou, ao contrário, uma redução no ritmo das atividades.
Outro ponto de atenção quando o assunto é a prática de esporte é evitar a pressão psicológica sobre as crianças. Mesmo em contexto de competição, nessa idade a atividade busca saúde e desenvolvimento. Pressionar por resultados pode levar a diferentes distúrbios psicológicos e criar uma relação tóxica com os exercícios, afastando a criança de algo que seguirá sendo necessário por toda a vida.