Pode parecer missão impossível, mas dá sim para montar para um quarto de irmãos sem briga, que seja bem-resolvido e ainda respeite o espaço e os gostos de cada um. Para começar, a dica mais importante: envolva os pequenos no processo de criação.
“O fundamental no quarto infantil é a identificação das crianças. Elas precisam encontrar no ambiente algum item, cor, objeto de seu interesse que ajude a criar uma conexão e as façam sentir bem ali”, comenta Roberta Iervolino Giglio, da Figa Arquitetura.
Tendo em mente as preferências de cada um, é hora de colocar tudo em prática. Confira as orientações dos arquitetos:
Estudando a área
Entender qual é a área disponível é o ponto de partida. É necessário estudar o ambiente e projetar as possibilidades, levando em conta, principalmente, a posição das camas (móvel que geralmente ocupa mais espaço). A partir daí, começa um verdadeiro jogo de encaixe para entender qual é a disposição que funciona melhor.
Beliche, eterno aliado
“Beliche é a melhor opção para espaços pequenos. Mas não precisa ser aquele modelo antigo… A cama dupla com novas funções está em alta: com casinha para brincar, com escorregador e propostas bem lúdicas”, aponta o arquiteto Bruno Moraes.
Marcenaria sob medida
A marcenaria também se mostra um verdadeiro curinga. É possível criar gavetões na escada que liga as camas, nichos e até mesmo disposições diferentes, como um beliche em “L” que permite aproveitar o espaço inferior como canto de estudos.
Planejamento de acordo com as idades
Cada fase tem suas prioridades! Por isso, é preciso prever áreas específicas para cada irmão. “Para pequenos de até 5 anos, o espaço de brincar é essencial, por isso, precisamos de mais área livre. Para os maiores, é fundamental pensar numa bancada ou mesinha que sirva como seu cantinho de estudo”, exemplifica Roberta.
Todo mundo feliz com a decoração
É claro que cada um tem suas preferências, mas é possível respeitá-las e criar um décor que agrade a todos. Se os pequenos já souberem se expressar, peça que cada um exponha o que gostaria para o cantinho. “Sempre ouvimos as crianças, deixamos que participem do projeto e depois filtramos junto com os pais”, aponta o arquiteto Bruno Moraes.
Se houver um tema ou brincadeira em comum que possa ser usado como inspiração, como Lego, tudo se resolve mais facilmente. Mas a gente sabe que nem sempre é assim.
“Nos casos de pedidos muito diferentes, a dica é trabalhar com tons neutros e madeira, deixando para inserir as cores preferidas das crianças em detalhes e em elementos que possam ser facilmente trocados”, orienta Roberta.
As cores são aliadas para demarcar espaços. Uma boa alternativa é deixar que cada criança escolha sua cor para a parede da cama, delimitando assim as áreas de forma sutil.
Com muita conversa e criatividade, é possível bolar uma decoração funcional e que deixe todo mundo feliz!