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O formato do mamilo pode dificultar a amamentação

Descubra qual o tipo do seu e aprenda a corrigir eventuais problemas para garantir um aleitamento tranquilo.

Por Bruna Stuppiello (colaboradora)
Atualizado em 1 ago 2017, 19h06 - Publicado em 21 mar 2015, 14h37
 (Rafael Santos/Bebê.com.br)
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Alongado (ou comprido), invertido, plano e normal. Estes são os quatro tipos de mamilo existentes. Saber qual deles é o seu é importante, porque há o risco de alguns formatos prejudicarem a amamentação.

Os que tendem a provocar mais empecilhos são o plano e o invertido. “Quando o bebê vai iniciar a mamada, ele utiliza a língua para pressionar o mamilo contra o palato, fazendo o leite escorrer. Bicos planos ou invertidos não são suficientemente salientes e, por isso, o pequeno não consegue alcançar o mamilo para realizar a pressão”, explica a consultora em amamentação e doula, Livia Teixeira, fundadora da Companhia da Mama.

Os mamilos alongados, mais raros, também podem promover complicações durante as mamadas. “Há casos em que o bebê, especialmente se for pequeno, apresenta reflexo de vômito ao fazer a pega, ou abocanha só o mamilo, o que favorece a formação de fissuras”, conta a pediatra Maria Beatriz Reinert do Nascimento, membro do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Já os mamilos normais são o tipo ideal para a amamentação.

Qual é o meu?

Veja algumas dicas para reconhecer qual é o formato do seu mamilo:

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Normal

Mamilo normal
(Rafael Santos/Bebê.com.br)

É o tipo mais comum entre as mulheres. Trata-se do mamilo que se exterioriza pelo menos um centímetro em relação à aréola, sem a necessidade de estímulos.

Plano

Mamilo plano
(Rafael Santos/Bebê.com.br)

Trata-se do mamilo que está praticamente na mesma linha da aréola, nota-se apenas o seu desenho, mas ele não é projetado. Quando estimulado, este bico pode ou não ficar mais saliente.

Invertido

Mamilo invertido
(Rafael Santos/Bebê.com.br)

Este mamilo não é visualizado, pois fica posicionado dentro da aréola. Há dois tipos de mamilos invertidos. Um, mais raro, é o invaginado, ou verdadeiramente invertido, que não pode ser alterado. Outro é o mamilo retrátil ou umbilicado, que pode ser projetado para fora ao ser estimulado com movimentos entre os dedos.

Comprido 

Mamilo comprido
(Rafael Santos/Bebê.com.br)

Trata-se de um mamilo muito saliente. O melhor momento de confirmar se este é o caso do seu é a hora de amamentar, porque vai depender da proporção do mamilo que é abocanhada pela criança. Se o bebê pegar apenas o bico, então se trata de um mamilo alongado.

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Calma, tem solução

Caso você suspeite que o seu mamilo enquadra nos tipos que dificultam o aleitamento, não se desespere. “Isso não é determinante para o insucesso da amamentação”, tranquiliza Teixeira.

A primeira recomendação para as grávidas é conversar com o seu médico sobre o assunto, ainda durante os exames de pré-natal. “É importantíssimo que a assistência seja individualizada, porque não há receita que caiba para todas as mulheres e também para todos os bebês”, explica a enfermeira Isilia Silva, professora do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiátrica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo.

Além dos médicos, os consultores em amamentação também auxiliam as mamães a oferecer o peito de maneira satisfatória. Entre as orientações destes especialistas para casos de mamilos invertidos, estão: o uso de bomba de sucção manual ou seringa plástica com o embôlo invertido, que podem ajudar na projeção do mamilo, além do uso de conchas com um furo central, para posicionar o bico, tornando-o mais saliente.

Já para quem tem mamilos planos, algumas das primeiras recomendações dos profissionais são: a aplicação de compressas frias mamilares e massagens na região da aréola e do mamilo.

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Se o seu tem o formato alongado, a recomendação é esperar o bebê ficar mais velho. “À medida que ele cresce, vai aumentando o volume que consegue abocanhar, com a musculatura da boca mais fortalecida. Enquanto isso não acontece, a mãe pode se valer da ordenha do leite e oferecê-lo ao filho em um copinho ou xícara”, sugere Silva.

Os hormônios da gestação irão auxiliar na preparação dos seios para a amamentação, especialmente quando o mamilo for plano ou invertido. “Uma das modificações é que o volume da mama aumenta e os seios maiores vão fazer com que as regiões da aréola e do mamilo se sobressaiam”, justifica Silva.

A pega está correta?

Ao amamentar, é importante ficar atenta a alguns aspectos para saber se o bebê está se alimentando corretamente. Ao se preparar para dar de mamar, a barriga da criança deve estar encostada na sua e a cabecinha, exatamente na altura da mama, sendo que o nariz do pequeno deve ficar apontado para o mamilo.

A boca da criança tem que estar bem aberta para que o mamilo e a aréola entrem com facilidade, assim os lábios ficarão invertidos, estilo “peixinho”. Fique atenta ao queixo do seu filho. “Se ele fizer movimentos ritmados de avanço e recuo e, em seguida, engolir, ele estará se alimentando. Também é importante notar se, durante a mamada, os seios estão se esvaziando”, ensina Silva.

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Antes de amamentar, observe, também, se a aréola não está muito rígida. “O tecido mamário precisa estar macio para que o bebê possa abocanhar a aréola”, conta o pediatra Marcus Renato Carvalho, professor do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Portanto, caso note que a região está endurecida, ordenhe um pouco do leite até que ela fique macia e, depois, ofereça o seio ao bebê.

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