SBP publica atualização do Consenso Brasileiro sobre alergia alimentar
O documento, que foi elaborado em parceria com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), apresenta novidades sobre o assunto.
Alergia alimentar é coisa séria: se não for identificada ou tratada adequadamente, pode acarretar graves consequências – as reações vão desde sintomas grastrointestinais e respiratórios até choque anafilático. Para trazer novas informações aos médicos e pais de crianças que apresentam o problema, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) lançaram na última segunda-feira, 16, uma atualização do Consenso Brasileiro de Alergia Alimentar.
Disponibilizado na internet, o documento aborda as condutas clínicas que devem ser seguidas, como fazer o diagnóstico e quais exames podem auxiliar nesse processo – por exemplo, o hemograma e os testes cutâneos -, as opções de tratamento disponíveis e as orientações nutricionais. Cerca de 20 especialistas participaram da produção da segunda edição do informativo, que incialmente foi lançado em 2006.
“O conteúdo apresenta as novidades ocorridas na imunologia, na etiopatogenia da alergia alimentar, no diagnóstico e também no tratamento. Com isso, a SBP e a Asbai estão levando uma atualização abrangente em vários aspectos aos pediatras e alergistas a fim de beneficiar as nossas crianças e adolescentes”, afirma Luciana Rodrigues Silva, presidente da SBP.
A alergia alimentar nada mais é do que uma reação do organismo ao ingerir ou entrar em contato com determinados alimentos. Na lista dos que mais apresentam problemas estão os frutos do mar, as frutas e os vegetais, o leite e derivados e o amendoim. Sabe-se que a condição, que surge principalmente na infância, aumentou nos últimos tempos e que a amamentação continua sendo uma medida importante que pode ajudar na prevenção.
“No Brasil, os dados sobre prevalência de alergia alimentar são escassos e limitados a grupos populacionais, o que dificulta uma avaliação mais próxima da realidade. Estudo realizado por gastroenterologistas pediátricos apontou como incidência de alergia no país as proteínas do leite de vaca (2,2%), e a prevalência de 5,4% em crianças entre os serviços avaliados”, menciona o Consenso.