Qual tipo de chocolate é menos prejudicial para a saúde das crianças?
A quantidade de cacau presente no alimento é o fator decisivo para defini-lo como saudável ou não para os pequenos.

A Páscoa está chegando e as delícias marcando presença nas redes sociais já estão nos fazendo salivar. Mas quando o assunto é chocolate para crianças, inclusive com tantos ovos inspirados nos personagens favoritos deles, os pais precisam prestar atenção a partir de qual idade o alimento está liberado, qual tipo é o mais indicado e com que frequência ofertá-lo.
Como lembra a pediatra endocrinologista Daniela Takamune, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SPB) recomenda que o público infantil só passe a consumir doce após os dois anos. “Nesse período, a criança está em fase de construção dos seus hábitos alimentares e a ingestão precoce de alimentos hiper palatáveis (ricos em gordura, açúcar ou sal) pode prejudicar a aceitação de outros como verduras, legumes ou frutas”, explica.
Só que mesmo com a chegada do segundo aniversário do pequeno, é importante ter em mente que não é qualquer chocolate que pode ser oferecido, já que existem tipos que são menos prejudiciais à saúde e outros que entram em categorias de alimentos menos saudáveis.
Por qual tipo de chocolate começar?
No cenário ideal, a nutricionista materno-infantil Flávia Montanari, da Liga da Cozinha Afetiva, pontua que o cacau em pó 100% e sem adição de açúcar é o melhor tipo de chocolate a ser ofertado para a criança. Em seguida, entra o chocolate amargo, que possui entre 70% a 80% de cacau e é pouco açucarado. Só que pelo gosto amargo, a especialista explica que estas opções tendem a não ser as preferidas ou escolhidas pelos pequenos.
“Na impossibilidade de oferecer o chocolate amargo, os pais podem incentivar o consumo do chocolate meio amargo que possui razoável quantidade de cacau e não tem tanta gordura e açúcar comparado aos chocolates ao leite e branco”.
Em especial sobre o chocolate branco, Flávia e Daniela concordam que ele é a opção menos saudável entre as outras citadas. “Ele é feito apenas de manteiga de cacau, tendo o seu teor de flavonóides reduzido, possuindo assim maior quantidade de gordura, sendo mais calórico, e menos nutritivo”, detalha a nutricionista. Ela ainda ressalta que os pais também devem ficar atentos aos chocolates recheados, que possuem as mesmas perdas nutritivas dos brancos.
Atenção à quantidade!
Mesmo com a faixa etária em que crianças podem experimentar doces, o consumo de chocolate deve ser controlado pelos pais. Para entender melhor qual é a quantidade indicada pelos especialistas, Flávia esclarece:
- Antes dos 2 anos: não é recomendado
- Dos 2 aos 6 anos: 10 gramas por dia, cerca de um quadradinho de chocolate
- Dos 7 aos 10 anos: 15 gramas por dia, cerca de dois quadradinhos de chocolate
Os benefícios X prejuízos do chocolate
Daniela explica que o consumo regular de pequenas quantidades de chocolate com, pelo menos, 70% de cacau pode trazer benefícios para o corpo. “Ele possui substâncias antioxidantes, que ajudam a reduzir o envelhecimento e podem estar associadas a um menor risco de doenças cardiovasculares. Além do prazer que se tem ao comer o doce que faz o corpo liberar endorfinas que produzem uma sensação de bem-estar”, pontua a pediatra endocrinologista.
Já o consumo excessivo do alimento pode trazer prejuízos a curto e longo prazo. Por exemplo, comer muito chocolate pode provocar desconfortos abdominais, como gases, diarréia, náusea e vômito. Além disso, pela grande quantidade de açúcar e também de cafeína em algumas receitas, o alimento pode ser responsável pelo aparecimento de cáries e dificuldades no sono.
“O consumo em excesso também pode estar associado ao aumento do peso (obesidade) e do colesterol, que são fatores que aumentam o risco de doenças cardiovasculares”, completa Daniela.
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