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Sapinho em bebês: o que é, como tratar e evitar a infecção na boca

Entenda o que provoca a candidíase oral e saiba como prevenir a doença em crianças pequenas

Por Da Redação
Atualizado em 26 Maio 2023, 14h34 - Publicado em 26 Maio 2023, 14h33

Muito comum em crianças, o sapinho é uma doença provocada pelo fungo Candida albicans. Ele é normalmente encontrado nas regiões da boca, do intestino e, nas mulheres, da mucosa vaginal. Segundo o Ministério da Saúde, um sistema imunológico saudável é completamente capaz de manter a população desses organismos sob controle. Em crianças e bebês, no entanto, a defesa do corpo ainda não está totalmente desenvolvida, o que facilita a proliferação deles.

Algumas noções básicas de higiene são importantes para evitar o sapinho na boca do bebê. As mães, principalmente as que estão amamentando, devem ficar atentas. Isso porque elas também estão sob risco de contaminação. Veja abaixo como lidar com o problema.

O que é o sapinho em bebês?

O nome científico da doença é monilíase – infecção causada pelo mesmo fungo da candidíase. Em bebês, ela pode se manifestar em forma de placas cremosas e esbranquiçadas na boca (língua, gengivas, parte interna das bochechas e até nos lábios) ou na região perineal, a área que é coberta pela fralda.

“O aspecto da candidíase oral é o de um restinho de leite que não sai”, afirma Maria Aurora Brandão, pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo. Também é possível que o sapinho se apresente através de lesões avermelhadas, como aftas. No períneo, as bolinhas vermelhas são mais comuns. Normalmente não geram incômodo, mas, em casos mais graves, podem causar dor, irritação e coceira.

Quais são as causas do sapinho na criança?

Nosso organismo hospeda uma série de fungos e bactérias. Em condições normais, eles vivem em harmonia no corpo. Por algum motivo, seja por estresse em adultos ou baixa resistência em crianças, eles podem se multiplicar e causar doenças. “No caso do sapinho, a Candida albicans se aproveita de situações de prejuízo imunológico”, afirma Maria Aurora Brandão.

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O sapinho pode se desenvolver depois que a criança teve uma diarreia e colocou a mão contaminada na boca, por exemplo, ou porque o bico do seio, as mãos da mãe ou a mamadeira e a chupeta estão infectados, afirma o Ministério da Saúde. O fungo gosta de lugares úmidos. Por isso, fatores como manter fraldas molhadas por muito tempo, suor e umidade nas dobras do corpo contribuem para o aparecimento da doença.

Em que idade o sapinho surge com mais frequência?

Enquanto a criança usar mamadeiras, chupetas e fraldas, há o risco de a infecção aparecer. Mas a candidíase oral em bebês é mais comum nos primeiros meses de vida pelo fato de o recém-nascido ainda não ter o sistema imunológico totalmente desenvolvido. Além disso, os pequenos habitualmente colocam tudo o que veem pela frente na boca, um comportamento de risco para a doença.

Bracinhos e mãozinhas de bebê negro deitado sobre lençol branco. É possível ver as mangas peludinhas brancas de uma roupa de inverno.
(William Fortunato/Pexels)

Como evitar o sapinho em crianças?

É importante estar sempre atento à higienização de tudo o que vai à boca do bebê. Além disso, arejar áreas cobertas pela fralda e as dobras do corpo também ajuda no combate à formação de ambientes favoráveis ao fungo. O Ministério da Saúde também orienta os pais a não compartilhar chupetas e mamadeiras, lavar as mãos antes de pegar a criança e evitar beijar o bebê.

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Como é feito o tratamento do sapinho?

Antes de mais nada, procure um pediatra. O sapinho é tratado com cremes antifúngicos e esse especialista é quem vai indicar os mais apropriados. Vale frisar que o tratamento pode ser demorado, arrastando-se por alguns meses. Além disso, formas muito severas da doença podem precisar de remédios por via oral. Também é fundamental não raspar, cutucar ou mexer na área infectada, o que só agrava o problema.

As lactantes devem prestar atenção a qualquer tipo de ardor na região do bico do seio. Isso porque o bebê pode transmitir a doença para a mãe. Não são raros os casos em que a criança é tratada, mas volta a ter a monilíase porque que o seio materno continua infectado.

Para evitar uma nova contaminação, os objetos do bebê, como brinquedos, mamadeiras e chupetas também precisam ser fervidos por 1 minuto após o uso.

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