Sono dos bebês tende a se estabilizar aos dois anos, diz estudo

É uma das primeiras grandes pesquisas a investigar cientificamente o que seria um padrão saudável de sono na primeira infância

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 9 fev 2020, 12h10 - Publicado em 9 fev 2020, 11h10
Bebê vestido de branco, pele clara, cabelo castanho escuro, dormindo de barriga para cima com os bracinhos abertos sobre colchão com lençol branco.
 (Jose Luis Pelaez Inc/Getty Images)
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Pedimos perdão pelo clichê, mas vamos combinar que o sono dos bebês é um dos assuntos que mais acaba com o sossego dos pais. Pois um novo estudo finlandês feito com 5.700 crianças acaba de se debruçar sobre o assunto para entender quando ele deve, de fato, ser motivo para preocupação. 

O trabalho reuniu informações fornecidas pelos pais sobre desenvolvimento emocional, ambiente familiar e sono das crianças em diversas fases do crescimento, do pré-natal ao segundo ano de vida. A qualidade do descanso também foi registrada fisicamente com medidores de frequência do pulso e o exame de polissonografia. 

O primeiro achado vai acalmar os pais, em especial de primeira viagem. O time descobriu que o sono de fato muda muito no período e que, aos dois anos, elas acordam em média só uma vez à noite. A qualidade muda também — o descanso tende a ficar mais estável e consistente. 

Os achados, inéditos na literatura, foram publicados no periódico Sleep Medicine

Quando me preocupar com o sono do bebê

O sono é fundamental para o desenvolvimento infantil, principalmente na primeira infância. Mas, como a quantidade adequada é uma medida muito individual, não dá para cravar um número de horas que sirva para todos. 

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Em busca de tranquilizar os pais e evitar intervenções desnecessárias, os cientistas estudaram as variações no sono e encontraram limites adequados ao desenvolvimento infantil. 

“Crianças que não estiverem dentro desses padrões provavelmente se beneficiariam de intervenções orientadas por profissionais de saúde”, declarou à imprensa Juulia Paavonen, do Instituto Finlandês para Saúde e Bem-Estar, que coordenou o trabalho. 

Segundo a pesquisa, uma criança de um ano não deveria acordar mais do que três vezes à noite. Aos oito meses, não deve demorar mais do que 40 minutos para pegar no sono. E passar períodos longos acordado na madrugada deve ligar um sinal de alerta: mais de uma hora para bebês de oito meses, 45 minutos com 1 ano e mais de meia hora com um ano e meio.

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Com um ano de vida, demorar mais do que 30 minutos para pegar no sono já é um indício de que pode ser preciso procurar um profissional de saúde. Menos do que isso é considerado normal, assim como acordar até duas vezes durante a noite e ficar acordado cerca de 20 minutos.

Se o bebê não estiver dentro dessa faixa e você está preocupado com o sono, preste atenção em outros fatores. “É importante considerar o bem-estar da criança como um todo”, destaca Paavonen. E também o próprio bem-estar familiar, certo? Pais cansados pela privação do sono também merecem intervenções em nome da própria saúde mental — que influencia e muito no desenvolvimento dos filhos.  

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