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Prevenção é fundamental: entenda como enfrentar a catapora

Altamente contagiosa, a doença causa febre, coceira e desconforto, mas pode ser evitada

Por Abril Branded Content
Atualizado em 14 nov 2017, 12h43 - Publicado em 10 nov 2017, 10h46

Entre todas as doenças da infância, a catapora (ou varicela) é uma das mais comuns. Na maioria das crianças saudáveis, a doença, causada pelo vírus Varicella-zoster, evolui sem gravidade.1 Inicialmente, os sintomas são de febre baixa a moderada, acompanhada de erupções cutâneas – vesículas ou bolhas –, em geral, avermelhadas, cheias de um líquido claro.2

Essas bolhas surgem na pele de todo o corpo, inclusive no couro cabeludo, boca e outras mucosas, e ocorrem em ciclos, causando muita coceira.1,2 Outra característica é que o doente pode apresentar lesões em todas as fases – bolhas com conteúdo mais claro, mais escuro e já com crosta formada – simultaneamente.1

De acordo com Jacyr Pasternak, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, o diagnóstico clínico é muito preciso na varicela, mas pode ser confirmado com a demonstração por imunofluorescência do vírus por meio do esfregaço da lesão. “O exame histológico da lesão também é típico e nele pode ser demonstrado o vírus, mas raramente há necessidade de uma biópsia para diagnóstico de catapora”, afirma o infectologista.

A melhor forma de prevenir a doença é a vacinação.1,4,5,6 A Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda duas doses da vacina para a maior proteção das crianças. A primeira delas aos 12 meses de idade, e a segunda dose deve ser administrada a partir dos 15 meses, com intervalo de três meses da primeira vacinação.3 A prevenção da catapora também está no Calendário Nacional de Vacinação do SUS e é feita com a vacina tetra viral, que também protege contra sarampo, caxumba e rubéola, porém é administrada em uma única dose aos 15 meses de idade.6 Os países que adotaram a vacinação sistemática das crianças contra a varicela observaram uma queda significativa do número de casos e de óbitos.1

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Além do desconforto da doença, a catapora pode trazer outras dificuldades. Por exemplo, uma criança infectada pode precisar de consultas médicas, de remédios, e dependendo do caso, hospitalizações podem ser necessárias.7 Ainda, a criança deve ficar afastada dos estudos, do convívio social e precisaria de alguém para cuidar dela.7,8 Pais e mães, além de lidar com a carga emocional de ter um filho doente, podem precisar se afastar do trabalho para cuidar da criança, resultando em perda de produtividade. Todas essas ações demandam tempo, dinheiro e preocupação de pais e filhos.7,9

Para as crianças menores de 12 anos, os cuidados indicados são a higiene adequada da pele com água e sabão durante o banho habitual e cortar bem as unhas para que elas não causem feridas ao coçar, já que infecções secundárias são uma das complicações decorrentes da catapora.1 Para os pacientes acima de 13 anos, pode ser necessária a medicação oral.1

Por sua vez, recém-nascidos e adultos com imunodeficiência (decorrente de doenças ou induzida por drogas, como os corticosteroides) merecem atenção especial, pois geralmente desenvolvem um número maior de lesões cutâneas e têm risco mais elevado de comprometimento pulmonar, hepático (fígado) e do sistema nervoso central.1

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Foi esse o receio da funcionária pública federal Ana Cristina Bellinello Chbane, 44, quando sua filha, Milena, hoje com 6 anos, pegou catapora com apenas 9 meses. Na época, a pequena ainda não tinha tomado a vacina contra a doença porque ela só é indicada a partir dos 12 meses.

“Fomos na matinê de um carnaval e, três dias depois, nasceu uma bolinha na cabeça dela e foi se espalhando pelo corpo inteiro”, lembra Ana Cristina. “Ela teve muitas lesões e a nossa preocupação era ter complicação respiratória. Ainda bem que não aconteceu. Como era bem pequena, não tinha coordenação para se coçar, então, ficou apenas com uma cicatriz mais profunda na região da fralda. Mas demorou mais de um mês para as bolinhas secarem. Ela ficou bem manhosa e irritada.”


Material destinado ao público em geral. Em caso de dúvidas, por favor, consulte seu médico.

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Referências

1. CENTRO DE INFORMAÇÕES EM SAÚDE PARA VIAJANTES. Varicela. Disponível em: https://www.cives.ufrj.br/informacao/varicela/var-iv.html. Acesso em: 17 out. 2017.

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2. BRASIL. Blog da Saúde. Doenças da infância: catapora, 2015. Disponível em: https://www.blog.saude.gov.br/35092-doencas-da-infancia-catapora.html. Acesso em: 17 out. 2017.

3. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação da criança: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2017/2018. Disponível em: . Acesso em: 17 out. 2017.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Informe técnico de introdução da vacina tetra viral. Disponível em: https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2015/junho/26/Informe-T–cnico-daIntrodu—-o-da-Vacina-Tetra-Viral-2013.pdf. Acesso em: 17 out. 2017.

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5. BRASIL. Ministério da Saúde. Vacinação. Disponível em: https://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/776- secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/varicela-herpes-zoster/13156-vacinacao-varicela. Acesso em: 17 out. 2017.

6. BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação 2017. Disponível em: https://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197- secretaria-svs/13600-calendario-nacional-de-vacinacao. Acesso em: 17 out. 2017.

7. ROZEMBAUM, MH. Et al. Cost-effectiveness of varicella vaccination programs: an update of the literature. Expert review of vaccines 7(6), 753-782 (2008)

8. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. Vacina tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). Disponível em: https://conitec.gov.br/images/Incorporados/VacinaTetraviral-final.pdf. Acesso em: 10 Out. de 2017.

9. SOAREZ, PC et al. Impact of methodology on the results of economic evaluations of varicella vaccination programs: is it important for decision-making? Cad Saúde Pública. 25 (Suppl 3):S401-14, 2009.

BR/PRIT/0028/17 – Outubro de 2017

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