Pré-eclâmpsia: como forçou parto prematuro de ex-BBB Andressa Ganacin?
Condição causa hipertensão em gestantes e aumenta risco para AVC; adiantar o parto é forma de controlar a doença
Na reta final de sua primeira gravidez, a esteticista Andressa Ganacin, ex-participante da 13ª edição do Big Brother Brasil, foi internada na UTI por conta de uma condição grave: a pré-eclâmpsia.
Andressa, de 33 anos, foi hospitalizada após um aumento súbito na sua pressão arterial, percebido durante uma consulta pré-natal de rotina. “Fiz todos os exames, a pressão subia mais e mais e os médicos já indicaram a minha internação na UTI para tomar as medicações necessárias para priorizar a minha saúde e da Sarah também”, relatou a ex-BBB em suas redes sociais.
Ver essa foto no Instagram
A elevação na pressão arterial é o principal sintoma da pré-eclâmpsia, doença que costuma aparecer após a 20ª semana de gestação. Saiba mais sobre a condição e o tratamento.
O que causa pré-eclâmpsia?
A pré-eclâmpsia é uma complicação da gravidez, caracterizada pela hipertensão e pela presença de proteínas na urina. O principal sintoma que indica a condição é um aumento na pressão arterial da grávida.
Ainda não se sabe o que provoca a pré-eclâmpsia. Uma hipótese é que a doença ocorra quando a placenta não se fixou profundamente na parede do útero, alterando o fluxo sanguíneo no organismo. Fatores genéticos, imunológicos e outras condições de saúde podem estar associadas.
Principais sintomas de pré-eclâmpsia
Além da pressão arterial elevada, outros sinais podem indicar um caso de pré-eclâmpsia: inchaço nas pernas, mãos, rosto ou no corpo inteiro; náusea; dor abdominal.
Quando ocorrem convulsões, considera-se que o quadro evoluiu para eclâmpsia. A eclâmpsia pode levar ao coma, a danos permanentes e até a morte.
Alguns sintomas podem sinalizar risco de convulsões: dor de cabeça severa; problemas de visão e confusão mental. As convulsões podem acontecer antes, durante ou depois do parto.
A pré-eclâmpsia também contribui para o aumento do risco de AVC na gravidez e no pós-parto.
Como nem sempre há manifestação de sintomas, o acompanhamento pré-natal é fundamental para detectar a condição o mais cedo possível e aplicar o tratamento adequado para preservar a saúde da grávida e do bebê.
Fatores de risco
Embora a pré-eclâmpsia possa ocorrer em pessoas sem qualquer fator de risco, algumas condições aumentam a probabilidade da doença:
- Pressão alta crônica;
- Diabetes;
- Doença renal;
- Doenças autoimunes;
- Gestação múltipla;
- Ter tido pré-eclâmpsia em uma gravidez anterior;
- Histórico de pré-eclâmpsia na família;
- Obesidades;
- Primeira gravidez.
Algumas medicações preventivas podem ser receitadas quando fatores de risco para pré-eclâmpsia são detectados durante o pré-natal.
Qual o tratamento para pré-eclâmpsia?
O tratamento para pré-eclâmpsia visa estabilizar a pressão da pessoa grávida e realizar o parto assim que possível. O trabalho de parto pode ser induzido ou uma cesárea pode ser feita se a condição for grave.
No caso de Andressa Ganacin, o parto de Sarah teve de ser adiantado por conta da pré-eclâmpsia. A bebê, fruto do relacionamento da influencer com o também ex-BBB Nasser Rodrigues, nasceu prematura em uma cesárea realizada às 33 semanas.
Nessas situações, a criança precisa passar mais tempo na UTI antes de ir para casa – a pequena Sarah passou 23 dias no hospital e recebeu alta na última segunda-feira (14).
Medicações anticonvulsivantes e remédios para redução da pressão arterial podem fazer parte do tratamento.
Os sintomas de pré-eclâmpsia e o risco aumentado para AVC podem seguir após o parto. É preciso seguir monitorando a saúde da gestante e do bebê mesmo após o nascimento.