Mulher não consegue engravidar e descobre que passou por laqueadura

A justificativa foi o risco à vida da mãe, mas ela não foi consultada e nem sequer avisada sobre o procedimento

Por Carla Leonardi
Atualizado em 23 Maio 2023, 17h49 - Publicado em 15 set 2022, 15h00
cirurgia cesariana. Na foto, é possível ver um médico manipulando instrumentos na mesa de cirurgia e outros profissionais ajudando. Estão usando roupa de proteção azul, máscara e touca.
 (asiseeit/Getty Images)
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Aos 42 anos, Silvane Alves e Fábio Rodrigues, de Rondônia, planejavam ter o segundo filho quando se depararam com a dificuldade para engravidar. A questão chamou a atenção, já que o bebê do casal tem apenas 10 meses e a concepção do pequeno, que havia acontecido há pouco tempo, se deu sem problemas relacionados à infertilidade.

Os dois, saudáveis, resolveram investigar se algo poderia ter ocorrido durante o parto. Foi aí que descobriram uma laqueadura abusiva – na última folha do prontuário de Silvane, estava relatado que o médico responsável pela cesariana retirou as fímbrias de suas tubas uterinas, um procedimento difícil de ser revertido e que leva à impossibilidade de engravidar.

Laqueadura: Tudo sobre esse método contraceptivo permanente
(Carol Yepes/Getty Images)

Desrespeito à paciente

Segundo Silvane, a justificativa médica foi um suposto risco à sua saúde, já que ela deu entrada no hospital com pressão alta. Porém, nem ela nem o marido foram consultados ou sequer avisados sobre a laqueadura.

“Ele não deveria ter feito isso. Para laquear tem que passar por psicólogo e avisar 60 dias antes. Eu estou quase com depressão. E me sinto invadida. Ele passou por cima de tudo”, disse Silvane em entrevista ao Universa“Tomamos um susto quando olhamos o prontuário. (…) Agora, para ter a nossa filha, temos de fazer fertilização in vitro. Custa R$ 30 mil cada tentativa”, acrescentou.

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O caso, que aconteceu na Maternidade Municipal de Ji-Paraná, foi denunciado à Polícia Civil, à Justiça do estado e ao Conselho Regional de Medicina de Rondônia, o Cremero. O médico responsável ainda não quis se pronunciar.

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