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Ministério da Saúde: veja o plano de vacinação de crianças de 5 a 11 anos

Ainda sem data definida de início, o esperado é que as doses da Pfizer estejam disponíveis a partir do dia 14 de janeiro para distribuição aos estados.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 6 jan 2022, 15h20 - Publicado em 5 jan 2022, 18h35
Ilustração de criança sendo vacinada
 (Arte: Victoria Daud / Ilustração: Shivendu Jauhari/Getty Images)
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Depois de uma longa espera para os pais de crianças pequenas, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão do público infantil de cinco a 11 anos no Plano Nacional de Operacionalização contra Covid-19, no dia 5 de janeiro. A data exata do início do calendário de imunização, no entanto, ainda não foi definido.

A seguir, confira o que foi anunciado pelo Ministério da Saúde e tire suas dúvidas sobre como será a vacinação infantil no Brasil:

Qual imunizante será utilizado?

O imunizante, como anteriormente aprovado pela Anvisa, será o Cominarty, produzido pela Pfizer/BioNTech, com duas doses de 10 microgramas (µg) em um intervalo de oito semanas, isto é, dois meses. É o que outros países como Austrália e Canadá também já seguem.

Por que o intervalo é maior?

Diferente das três semanas indicadas na bula, de acordo com Rosana Leite de Melo, Secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, o aumento de tempo entre as duas aplicações se dá para a proteção dos pequenos contra possíveis reações ao imunizante, principalmente a miocardite (inflamação do músculo cardíaco).

“Trabalhos indicam que se ampliarmos este intervalo, há uma maior proteção para não se ter este evento adverso”, pontuou a representante. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a recomendação era de 21 dias entre as duas doses.

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Quando começa a vacinação de fato?

O governo brasileiro encomendou 20 milhões de doses pediátricas para o primeiro trimestre de 2022. O primeiro voo com as vacinas está previsto para pousar no dia 13 de janeiro, com 1.248 milhão de frascos que, como aconteceu com a vacinação adulta, podem começar a ser distribuídos para os estados em 24 horas. Teoricamente, isso permitiria o início da vacinação infantil já no dia 14 de janeiro.

O segundo voo está previsto para chegar no dia 20 de janeiro, com mais 1.248 milhão de doses e o terceiro em 27 de janeiro, com a mesma quantidade das entregas anteriores. Desta forma, contabiliza-se 3.74 milhões de vacinas infantis neste primeiro mês do ano. Para o segundo trimestre, já há também a reserva de 20 milhões de imunizantes pediátricos para a segunda dose, mas com possíveis mudanças conforme necessidade e contato com a farmacêutica.

Como será a ordem do calendário?

Segundo o ministro da pasta, Marcelo Queiroga, a sugestão do Ministério é começar com crianças com comorbidades, deficiências permanentes, que sejam quilombolas e indígenas, além daquelas que vivem no lar com pessoas de alto risco de desenvolvimento da Covid-19. No entanto, cada município poderá decidir a ordem de prioridade em sua cidade.

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Junto a prioridade por grupos sociais, Rosana esclareceu que a indicação é que, dentro da faixa etária de cinco a 11 anos, se inicie a vacinação em ordem decrescente, das mais velhas para as mais novas, com a justificativa de que elas são um pouco mais vulneráveis ao coronavírus do que as menores. Além de serem as que saem com mais frequência, inclusive para irem às escolas. Só que, mais uma vez, isso será decidido por cada representante municipal.

Vai precisar de prescrição médica?

Apesar de ter declinado da obrigatoriedade da prescrição médica após a consulta pública indicar que a maioria era contra, o Ministério da Saúde recomenda que os pais consultem o pediatra do filho antes de levá-lo para a vacinação, para que eles possam ser informados sobre tais possíveis efeitos adversos da vacina pediátrica.

No entanto, apenas como orientação, já que a criança poderá ser vacinada sem a prescrição.

Os pais precisam estar presentes?

Sim. Já em relação ao acompanhamento da criança, os pais devem estar presentes durante a aplicação do imunizante como forma de demonstrar que concordam com a vacinação infantil. Quando ausentes, devem assinar um documento que autoriza a imunização dos pequenos.

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