Família denuncia que bebê “teve cabeça arrancada” por médica no parto
Caso aconteceu no Hospital das Clínicas de Belo Horizonte no dia 1º de maio. Um inquérito foi instaurado pela Polícia Militar
Uma gravíssima denúncia feita a partir de Boletim de Ocorrência da Polícia Militar, em Belo Horizonte (MG), está levantando a investigação de um caso ocorrido em 1º de maio, no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Segundo relato de familiares, ao fazer a retirada de uma bebê no momento do parto, a obstetra teria “arrancado a cabeça” dela. As informações ainda são poucas, mas um inquérito já foi instaurado.
De acordo com o B.O., a mãe da criança, de 34 anos, foi internada na 28ª semana de gestação e, em decorrência de um aumento da pressão arterial, a decisão da equipe médica foi de induzir o parto. Segundo apuração do G1, o pai da menina foi chamado em determinado momento para observar o procedimento de perto e conseguiu até ver a menina piscando e mexendo a boca.
Em seguida, porém, um tumulto tomou conta da sala de parto e a médica subiu em cima da barriga da mãe para retirar a bebê rapidamente. Foi quando se constatou que ela havia “arrancado a cabeça” da criança.
Conduta questionável sob investigação
Horas depois, ainda de acordo com o relato feito aos policiais, um assistente social apareceu para comunicar que o HC cobriria todos os custos do sepultamento. Além disso, foi pedido aos pais que assinassem um documento dizendo que a necropsia seria realizada pela própria instituição e não pelo Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
Em nota, a PCMG comunicou que foi instaurado um inquérito para apurar se houve erro ou negligência médica. Já o Hospital das Clínicas da UFMG lamentou a morte e afirmou que os fatos estão sendo apurados.
Confira, a seguir, as duas notas na íntegra:
Comunicado da Polícia Militar de Minas Gerais
“Em relação ao ocorrido na segunda-feira (1/5) em uma unidade hospitalar, no bairro Santa Efigênia, na capital, a PCMG informa que o recém-nascido morreu durante o parto e esclarece que o corpo foi submetido a necropsia no próprio hospital. Um inquérito foi instaurado para apurar as causas e circunstâncias do ocorrido e diligências estão sendo realizadas com o intuito de elucidar o caso e para apurar se houve erro ou negligência médica. Tão logo seja possível, outras informações serão divulgadas”.
Comunicado do Hospital das Clínicas da UFMG
“Em relação ao caso citado, o Hospital das Clínicas da UFMG, administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), lamenta profundamente o fato e se solidariza com a família neste momento de luto. O HC e a EBSERH estão empenhando todos os esforços para apuração dos fatos e análise do caso e apoio à família”.