O mundo dos recém-nascidos é cheio de cuidados específicos, mas também de curiosidades. Você sabia que, quando eles choram, não saem lágrimas? Ou que, no início da vida, conseguem enxergar apenas a uma distância de mais ou menos 30 centímetros, sem diferenciar as cores perfeitamente?
Ainda que tais restrições chamem atenção, elas seguem uma linha de raciocínio, afinal, o bebê acabou de chegar ao mundo e ele está em processo de desenvolvimento. Só que existem outras descobertas sobre os pequenos que dão um nó na mente por terem um caminho contrário, como o de que bebês nascem com ossos a mais do que os encontrados na sua fase adulta.
Mas calma, porque existe motivo para isso. A pediatra Andressa Tannure, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria e especialista em Suporte de Vida em Pediatria pelo Instituto Sírio-Libanês e pelo HCOR, explica que o recém-nascido nasce com, em torno de, 300 ossos. Na fase adulta, eles reduzem para, em média, 206.
Quebraram? Desapareceram? Não! “Os ossos dos bebês são cartilagens constituídas por fibras de colágeno e tecido conjuntivo, proporcionando mais flexibilidade. Isso explica porque o feto consegue ficar tão encolhidinho na barriga da mamãe. Ao longo da vida, eles vão se fundindo e, por isso, o número diminui”, esclarece a pediatra.
Exemplos de ossos que se unem no decorrer do tempo são do pulso, pelve, bacia, além do crânio. Neste último, a movimentação e a união dos ossos com o passar do tempo facilita a passagem da cabeça do bebê pelo canal vaginal na hora do parto.
Outro fator curioso sobre o sistema esquelético dos bebês é a rapidez com que ele se transforma. A pediatra exemplifica que um bebê do sexo masculino nasce, em média, com 50 centímetros. Mas antes mesmo de completar quatro anos de idade, a criança tende a apresentar metade da altura que terá na vida adulta. Surpreendente, né?