Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Galway, na Irlanda, representa a esperança de um novo tratamento eficaz e seguro para as mulheres com diabetes gestacional. O artigo que relata o ensaio clínico foi publicado no Journal of the American Medical (JAMA), e é um importante passo para essa área da medicina.
A novidade está relacionada ao uso da metformina, medicamento que, no estudo, mostrou-se eficiente no tratamento da doença que atinge quase três milhões de grávidas ao redor do mundo anualmente. De acordo com os resultados, pacientes submetidas a essa droga precisaram de 25% menos insulina e, quando houve necessidade, seu uso começou mais tardiamente na gravidez. A metmorfina já tem sido amplamente utilizada no tratamento do diabetes tipo 2 nos últimos 60 anos.
Outro resultado importante é relativo ao nascimento: a pesquisa mostrou que não houve aumento da incidência de partos prematuros (assim considerados antes de 37 semanas de gestação) entre as mulheres que usaram metformina. Já em relação ao tamanho dos bebês, foi registrado que eles apresentaram, em média, 113 gramas menos ao nascer.
Sobre as intercorrências no parto e também as neonatais, não houve nenhuma diferença significativa em relação às grávidas que não fizeram o uso do medicamento.
Alternativa à insulina no tratamento do diabetes gestacional
O estudo, que envolveu 500 mulheres, foi liderado por Fidelma Dunne, professor da Universidade de Galway. “Um ensaio anterior comparou a metformina à insulina e concluiu que era eficaz, mas as preocupações permaneceram, especialmente no que diz respeito ao nascimento prematuro e ao tamanho do bebê“, relatou no 59º Encontro Anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes. Por isso, essa nova pesquisa foi desenvolvida, e trouxe resultados promissores.
“A metformina surgiu como uma alternativa eficaz para o controle do diabetes gestacional, oferecendo uma nova esperança para gestantes e profissionais de saúde em todo o mundo”, comemorou.