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Cuidados essenciais para o corpo e a mente após uma perda gestacional

Como lidar um esse momento e como cuidar de si mentalmente e fisicamente

Por Redação Pais e Filhos
17 jul 2025, 17h00
mulher triste
 (spukkato/Thinkstock/Getty Images)
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Viver a perda de um filho é uma experiência profundamente dolorosa, muitas vezes, essa travessia acontece em silêncio, apesar de ser mais comum do que se pode imaginar. Mesmo que o assunto ainda esteja rodeado de um certo mistério e constrangimento social, vale ressaltar que aproximadamente 80% dos episódios de interrupção ocorreram antes da vigésima semana, conforme apontado por informações da entidade Fecundare. É um momento delicado que exige muita compreensão e suporte.

O que causa a perda de um bebê?

Existem diversas razões que podem explicar por que um desenvolvimento fetal não prossegue, e é fundamental compreender que, na maioria das situações, esses fatores estão completamente fora do domínio da mulher. Uma das explicações mais frequentes envolvem modificações nos cromossomos do ser em formação. Tais problemas genéticos são responsáveis por cerca de metade dos casos de encerramento espontâneo de uma espera, interferindo na formação adequada do embrião.

Além disso, elementos ligados à estrutura do órgão reprodutor feminino, o útero, podem complicar a continuidade da vida. Condições como fibromas, crescimentos anormais (pólipos) e outras particularidades desse órgão podem dificultar a evolução do pequeno ser ao longo das semanas de formação.

O sistema de defesa do corpo também pode influenciar esse processo complexo. Em algumas circunstâncias, enfermidades autoimunes levam o organismo a agir contra a continuidade do desenvolvimento do bebê, ampliando o risco de um desfecho indesejado. Na esfera hormonal, desequilíbrios como a carência de progesterona representam outro obstáculo, uma vez que este hormônio é essencial para manter um ambiente adequado no útero durante toda a fase de espera do bebê.

Infecções também surgem como elementos importantes nessa equação. Doenças sérias como toxoplasmose ou rubéola, se adquiridas enquanto durante a gravidez, podem prejudicar a formação do futuro ser e resultar em uma interrupção não planejada. Finalmente, a idade daquela que aguarda exerce uma influência considerável. A partir dos trinta e cinco anos, a possibilidade de alterações cromossômicas nos óvulos aumenta, o que, por sua vez, aumenta as chances de riscos. Contudo, é essencial lembrar que, mesmo considerando todos esses aspectos, muitas vezes a perda do bebê pode ocorrer sem que uma razão específica seja identificada, e isso de forma alguma representa uma culpa para quem a vive.

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Enfrentando o período de reconstrução emocional

O término de uma espera por um filho é uma forma de tristeza totalmente legítima e deve ser abordada com o máximo de consideração e compreensão, já que é um percurso de reestruturação emocional e também física, onde a pessoa precisa ser recebida com compaixão e guiada com sensatez.

Cada mulher experimenta este percurso de um jeito particular, merecendo ser amparada com total compreensão. O suporte psicológico surge como um dos pilares essenciais neste período tão sensível. É comum que a pessoa sinta culpa, revolta, tristeza profunda ou até um receio de conceber novamente. Um terapeuta especializado pode auxiliar a dar um novo sentido à vivência e a preparar o emocional para um próximo ciclo de vida.

A relevância do círculo de suporte

Neste contexto, é importante recordar que o recomeço não se resume somente à mulher que vivenciou a situação. Parceiros, membros da família e amigos próximos desempenham um papel importante nessa caminhada. Por isso, é preciso ouvir sem julgar, apoiar sem exercer pressão. Reiniciar após um encerramento espontâneo desse processo de espera demanda coragem, e toda coragem se fortalece no carinho e no afeto.

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Cuidados com o corpo após a perda

O corpo, assim como a mente, também necessita de tempo para sua completa recuperação. É aconselhável que a mulher faça uma avaliação completa do sistema reprodutor feminino, que pode envolver exames hormonais, procedimentos de imagem e até análises genéticas, considerando o histórico médico de cada paciente. Esta etapa não serve apenas para entender o que ocorreu, mas também para planejar com segurança uma nova tentativa de conceber, caso seja o desejo da pessoa.

Além disso, a melhora física abrange cuidados com a alimentação, garantir um período de sono adequado e, quando houver permissão médica, o retorno progressivo a atividades de movimento corporal. Em certas situações, a utilização de complementos nutricionais e a correção de quaisquer faltas vitamínicas ou minerais podem ser indicadas.

Quando tentar uma nova gravidez?

Embora não haja um período exato para recomeçar os planos de iniciar uma nova espera por um filho, os médicos indicam que se aguarde no mínimo um ou dois ciclos menstruais completos. Mais do que isso, é essencial respeitar o ritmo emocional daquela pessoa que aguarda. A decisão de tentar de novo deve ser tomada com tranquilidade e com o amparo de uma equipe de saúde que esteja comprometida em oferecer um acompanhamento que integre os aspectos físicos e emocionais.

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