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Covid-19: especialista alerta sobre sintoma incomum da ômicron em crianças

O médico inglês explicou que o público infantil infectado tem apresentado erupções cutâneas incomuns, além de fadiga, dores e falta de apetite.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 9 dez 2021, 12h29 - Publicado em 9 dez 2021, 11h44

Ainda que a média móvel de casos de Covid-19 esteja em queda no Brasil, novembro trouxe a confirmação de que a variante ômicron já circula pelo país. Como foi observado diante de outras cepas, a tendência é que esta também não seja mais agressiva diante do público pediátrico. No entanto, há o alerta de que um sintoma incomum da doença tem aparecido em crianças pequenas.

Em uma entrevista ao The Sun, o médico David Lloyd, que atua como clínico-geral da região norte de Londres, explicou que por volta de 15% das crianças pequenas contaminadas pela variante têm apresentado erupções cutâneas. Por ser um sintoma menos usual, ele pode acabar passando despercebido pelos pais e o diagnóstico da Covid-19 também. “Mas se o analisarmos, estamos começando a aprender um pouco mais sobre o vírus”, enfatizou o especialista.

Junto com as manchas incomuns na pele, médicos que estão na linha de frente na África do Sul, região em que a ômicron foi detectada pela primeira vez, relatam que os principais sintomas associados à nova cepa são dores de cabeça, no corpo e fadiga. As crianças contaminadas também apresentaram estes sinais acrescidos de falta de apetite.

A população adulta, no entanto, deixou de relatar perda de olfato e paladar quando contaminados pela variante, de acordo com Angelique Coetzee, a médica sul-africana responsável pela primeira identificação da ômicron. 

O que se sabe sobre a nova cepa no Brasil

Até o momento, seis casos da ômicron foram diagnosticado em território brasileiro, mas nenhum deles está dentro do público infantil. Segundo especialistas ouvidos pelo Bebê.com.br, a nova cepa não é mais perigosa do que as anteriores para os menores.

O que pode acontecer é que o grupo infantil seja mais infectado caso a variante ganhe proporções relevantes dentro do país, já que é a única faixa etária sem nenhum tipo de vacinação disponível. Um exemplo disso foi o que aconteceu nos Estados Unidos, com a variante Delta, em que crianças passaram a ser mais acometidas já que a imunização só estava disponível para maiores de 18 anos quando a cepa surgiu no país.

No Brasil, a corrida para que a vacinação infantil seja liberada continua. No dia 8 de novembro, o Instituto Butantan afirmou que, na próxima semana, enviará o segundo pedido de liberação do uso do seu imunizante para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que já possui um lote de doses reservado para crianças. O primeiro pedido foi negado em agosto deste ano por falta de documentação.

Já a Pfizer/BioNTech apresentou sua solicitação e agora enviará dados atualizados sobre a vacina ser capaz de estimular anticorpos contra a variante Delta e o levantamento das reações adversas mais comuns no público infantil.

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