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Como os hormônios influenciam a gravidez, o pós-parto e a amamentação

Entenda mais sobre como os hormônios agem no corpo da gestante, durante a amamentação e no pós parto

Por Redação Pais e Filhos
26 ago 2025, 07h00
Mulher grávida sentada no chão de perfil, com o rosto escondido pelas mãos, como se estivesse chorando. Ela veste uma roupa toda branca. O fundo é azul.
 (kieferpix/Thinkstock/Getty Images)
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Para muitas mulheres, a maternidade é um sonho importante. Mas viver essa experiência com saúde e equilíbrio envolve mais do que um teste positivo: passa também pelo cuidado com os hormônios, que regulam funções essenciais do nosso corpo. Esse acompanhamento deve começar ainda antes da gravidez e seguir até o pós-parto, com impacto direto no bem-estar da mãe e no desenvolvimento do bebê.

Antes da gravidez: preparar o corpo faz toda diferença

O cuidado com os hormônios começa antes mesmo da concepção. Hábitos como alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, sono de qualidade e evitar o consumo de álcool influenciam diretamente a fertilidade e a saúde da futura gestação.

Além disso, uma pesquisa com cerca de 20 mil crianças mostrou que filhos de mulheres com alimentação rica em ultraprocessados apresentaram 26% mais risco de desenvolver sobrepeso ou obesidade. Ou seja, o estilo de vida da mãe tem reflexos reais e duradouros na saúde da criança.

Manter o equilíbrio hormonal e cuidar do corpo também aumenta as chances de engravidar, seja naturalmente ou com ajuda médica. Isso inclui manter o peso adequado e seguir uma rotina saudável.

Durante a gestação: mudanças intensas, hormônios em ação

A gravidez é um período de muitas transformações hormonais. A elevação do hormônio Beta HCG, por exemplo, pode causar mais sono e sensibilidade nos seios. Já alterações na progesterona e no estrogênio afetam o metabolismo da glicose e podem aumentar o risco de diabetes gestacional.

Por isso, entre a 24ª e a 28ª semana, é importante realizar o teste de glicemia. Ele ajuda a identificar precocemente possíveis alterações no açúcar no sangue, principalmente em mulheres com sobrepeso, histórico familiar de diabetes ou que fazem uso de certos medicamentos.

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Oscilações importantes durante esse período também podem indicar risco futuro de diabetes, por isso o acompanhamento médico é fundamental.

Depois do parto: atenção redobrada com o corpo e a mente

O pós-parto, ou puerpério, é um momento delicado. A queda brusca de alguns hormônios pode afetar o humor e a disposição da mulher. Alterações no cortisol, por exemplo, podem estar ligadas à depressão pós-parto. Distinguir o cansaço natural da maternidade de um quadro depressivo exige cuidado e apoio profissional.

Nesse período, a amamentação estimula a produção de prolactina, hormônio que ajuda na produção de leite, mas que também pode causar cansaço e secura vaginal. E quando a mulher decide parar de amamentar, os hormônios nem sempre voltam ao normal imediatamente, o que reforça a importância do acompanhamento médico mesmo após o fim da amamentação.

Tireoide, colesterol e outros pontos de atenção

Durante a gravidez e o pós-parto, alguns hormônios precisam de atenção especial. É o caso da tireoide: alterações sem tratamento podem prejudicar o desenvolvimento do bebê, especialmente o sistema nervoso. Depois do parto, a chamada tireoidite pós-parto pode provocar queda de cabelo, irritabilidade e fadiga, sintomas que muitas vezes passam despercebidos.

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Outro ponto de atenção é o metabolismo das gorduras. Colesterol e triglicerídeos costumam aumentar durante a gestação e esse efeito pode ser ainda maior em mulheres com predisposição genética ou ganho excessivo de peso.

A falta de cálcio e vitamina D também pode ser um problema, especialmente em quem amamenta por longos períodos. Isso porque o corpo prioriza a produção de leite e, em alguns casos, a mãe pode perder massa óssea.

Suplementação: um aliado para a saúde da mãe e do bebê

Quem está tentando engravidar deve iniciar a suplementação com ácido fólico pelo menos três meses antes da concepção. Esse nutriente é essencial para a formação do tubo neural do bebê e pode estar em níveis mais baixos em mulheres que usam anticoncepcionais por muito tempo.

Outros suplementos importantes são o ferro, para evitar anemia, e o ômega-3 (principalmente o DHA), que contribui para o desenvolvimento neurológico e da visão do bebê.

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Mais equilíbrio, mais bem-estar na maternidade

Cuidar dos hormônios é parte essencial de uma maternidade mais saudável, tranquila e consciente. Desde a fase de planejamento até o pós-parto, o acompanhamento médico, os bons hábitos e a atenção ao próprio corpo fazem toda a diferença, tanto para a saúde da mulher quanto para o desenvolvimento do bebê.

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