Como está a liberação das vacinas contra covid-19 para crianças no Brasil?

Depois da boa notícia da Pfizer, o Instituto Butantan também solicitou à Anvisa que a Coronavac possa ser aplicada em crianças.

Por Alice Arnoldi
17 jun 2021, 11h53
Criança-após-receber-vacina
 (FatCamera/Getty Images)
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No dia 11 de junho, o Governo de São Paulo liberou um boletim com informações importantes sobre a vacinação infantil contra a covid-19. De acordo com Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, foi solicitado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido de uso da CoronaVac em crianças acima de três anos, como ocorreu na China.

“A vacina do Butantan, CoronaVac, também teve a sua aprovação para uso em crianças de 3 a 17 anos na China e essa documentação está sendo incorporada a nossa Anvisa. Só que a questão fundamental é: quando você protege a população adulta, ela se estende também à população de crianças e adolescentes“, enfatiza Dimas.

O diretor do Instituto Butantan cita que um exemplo claro disto é o estudo realizado em Serrana, cidade do interior paulista em que houve a vacinação em massa da população. Dimas afirmou que a pesquisa realizada pelo governo demonstrou com clareza que, a partir da imunização dos adultos, o número de casos de coronavírus e manifestações clínicas da doença decaíram em todas as idades.

E como está a situação da Pfizer para o público infantil? 

Junto a boa notícia sobre a CoronaVac, é preciso lembrar que a vacina Pfizer/BioNTech já foi aprovada para uso entre adolescentes de 12 a 15 anos, visto que anteriormente a bula do imunizante prescrevia a sua aplicação apenas aos maiores de 16 anos.

A aprovação desta faixa etária no calendário vacinal se deu após os fabricantes apresentarem estudos que mostravam tanto a segurança do imunizante quanto a proteção do público adolescente contra a covid-19 após recebê-la. Tais pesquisas foram apresentadas à Anvisa e aceitas. Entretanto, ainda há um longo percurso a ser trilhado para que se inicie a vacinação desta faixa etária no Brasil.

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“O estado de São Paulo, assim como todos os outros, segue o norte do Plano Nacional de Imunização (PNI). Para que nós possamos inserir estes novos grupos etários, precisamos da deliberação do Ministério da Saúde, através do PNI. Além do que, precisamos receber mais imunizantes da própria Pfizer para poder seguir para essa faixa etária”, explicou Jean Gorinchteyn, Secretário de Saúde do Estado de São Paulo, também no boletim do governo paulista.

A notícia positiva sobre o assunto é que o Ministério da Saúde anunciou, no dia 16 de junho, que houve uma conversa com a farmacêutica Pfizer e foi possível adiantar a entrega de 15 milhões de doses da vacina para o mês de junho, em vez de apenas sete milhões. Com isso, aumenta-se a possibilidade de imunização em massa da população adulta e podemos começar a pensar nas crianças.

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