Em qualquer época do ano, mas especialmente nos meses mais frios, o catarro é uma das maiores incomodações em crianças pequenas. Problema recorrente e que demanda atenção constante, o excesso de muco gera sempre muitas dúvidas: afinal, por que ele aparece? E como saber se é um problema de verdade a ser eliminado?
O catarro nada mais é do que o acúmulo de muco ou secreções nasais. Ele faz parte do processo de defesa do organismo contra agentes infecciosos vindos do ar ou outras substâncias irritantes, como pólen e fumaça. A produção anormal de muco busca justamente proteger as estruturas respiratórias de qualquer contaminante externo.
Mas, embora exerça uma função primordial, o catarro pode se tornar um incômodo, já que pode obstruir as vias aéreas e dificultar a respiração. Sua cor também pode ajudar a identificar se há algum problema de saúde mais sério. Por isso, é importante aprender o que as alterações podem significar.
Catarro verde, amarelo, marrom? O que significa a cor do muco
Em primeiro lugar, é bom deixar claro: a cor do catarro é um bom indício do que pode estar causando os problemas da criança, mas ela não é infalível. Jamais faça autodiagnóstico: todas as mudanças de cor devem ser avaliadas por um médico, que vai analisar a secreção em conjunto com outros sintomas, além de solicitar exames complementares quando achar necessário.
Quanto à cor, as diferentes manifestações do catarro costumam ser as seguintes:
- Catarro transparente ou branco: é a forma mais comum e pode ocorrer inclusive sem qualquer problema mais sério. Quando há um aumento do muco claro, costuma ser sinal de inflamações leves, como uma alergia ou um resfriado.
- Catarro verde ou amarelo: são diferentes estágios de um mesmo problema, indicando uma concentração maior de células de defesa do organismo. Essa cor costuma ser indício de uma infecção (geralmente bacteriana), mas não garante que este seja o caso – só um médico pode confirmar a suspeita.
- Catarro marrom (ou escuro): a secreção escura geralmente está associada à poluição no ar, por fumaça ou outros agentes. A maneira de reduzir esse problema é interromper à exposição ao ar contaminado, se possível. É uma situação mais comum quando a criança frequenta o mesmo ambiente de fumantes, por exemplo.
- Catarro com sangue: é sinal óbvio de que há um sangramento em algum ponto do sistema respiratório. Pode ser algo mais simples, como um ferimento nas narinas, ou um quadro grave, em que o sangue vem dos pulmões. Não demore e busque sempre um médico para avaliar!
Como eliminar o catarro em bebês?
A lavagem nasal é o método primordial para evitar o acúmulo de muco nas vias aéreas superiores, o que é importante, inclusive, para reduzir a propensão a desenvolver uma sinusite. Em bebês, ela deve ser feita com soro fisiológico morno e usando uma seringa pequena (sem agulha), alternando as narinas.
Uma boa lavagem pode ajudar a solucionar casos mais simples, em que não há uma infecção ou sangramento. No entanto, diante de qualquer alteração na cor do muco – ou seja, quando ele não está mais transparente ou esbranquiçado – é importante consultar um pediatra.
Com base nos sintomas e em outros exames, o médico pode indicar antibióticos para tratar infecções ou identificar o motivo de um sangramento presente na secreção. Ele também pode solicitar exames de imagem dos pulmões, para verificar se há risco de um problema mais sério.
Manter a hidratação é fundamental para evitar o acúmulo de catarro nos pulmões e a obstrução das vias aéreas. Em bebês, a maneira de fazer isso é insistir na amamentação. Não use xaropes ou expectorantes sem orientação médica, já que nem todas as substâncias presentes nesses produtos podem ser adequadas à faixa etária.
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