Colar de âmbar: vale a pena usar no seu bebê? Descubra os prós e contras

Com risco de estrangulamento, é necessário cautela para utilizar o acessório

Por Redação Pais e Filhos
25 fev 2025, 07h00
Colar de ambar
 (Freepik/Reprodução)
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Nos últimos anos, o colar de âmbar ganhou popularidade entre muitas mães e os defensores desse acessório acreditam que ele tem propriedades terapêuticas que podem aliviar os desconfortos comuns na fase da dentição dos bebês, como dor, febre e inchaço das gengivas. No entanto, como qualquer produto voltado para o cuidado infantil, o colar de âmbar precisa ser analisado com cuidado, considerando tanto os benefícios quanto os riscos envolvidos.

O que é o colar de âmbar?

O âmbar é uma resina vegetal fossilizada encontrada, principalmente, nas regiões do Mar Báltico, na Europa. Esse material, com milhares de anos de história, contém uma substância chamada ácido succínico. Segundo defensores do uso do colar, esse ácido teria propriedades analgésicas e anti-inflamatórias naturais, ajudando a aliviar desconfortos físicos.

A proposta é que, ao ser usado diretamente em contato com a pele do bebê, o ácido succínico seja liberado lentamente, promovendo alívio para dores causadas pela dentição. Ele também seria capaz de fortalecer o sistema imunológico e melhorar a atividade metabólica, além de ser um estimulante natural para o sistema nervoso.

As pedras de âmbar precisam ter certificado de garantia e é essencial saber a procedência do produto. Existem muitas falsificações feitas de copal ou plástico, que não têm os mesmos benefícios.

Benefícios do colar de âmbar

Para muitas mães, o colar de âmbar se tornou uma ferramenta importante para aliviar os sintomas da dentição. A dentição é um processo natural, mas pode causar muito desconforto nos bebês, como gengivas inchadas, febre baixa e irritabilidade. Nesses casos, o colar de âmbar seria uma alternativa natural aos medicamentos, já que o ácido succínico liberado pela resina poderia ter efeitos anti-inflamatórios e analgésicos.

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Além disso, alguns pais acreditam que o colar ajuda a melhorar a imunidade do bebê, o que explicaria seu uso não apenas durante a dentição, mas também para reforçar a saúde geral das crianças e até dos adultos. O colar tem um efeito que vai além da dentição, ajudando a prevenir resfriados e melhorando a imunidade em geral.

Riscos do uso do colar de âmbar

Apesar dos benefícios apontados por algumas famílias, é importante lembrar que o uso do colar de âmbar também apresenta riscos, especialmente para bebês e crianças pequenas. A principal preocupação de especialistas, como a ONG Criança Segura, é o perigo de asfixia e sufocação.

Além disso, existe o risco de o bebê engolir uma das pedras do colar, o que poderia causar sufocamento. Esse tipo de acidente é uma das principais causas de morte em bebês de até 1 ano, segundo dados da organização.

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Alternativas mais seguras

Diante dos riscos de asfixia associados ao uso do colar de âmbar, algumas alternativas mais seguras têm sido sugeridas por especialistas. Uma delas é o uso de pulseiras ou tornozeleiras de âmbar, que podem proporcionar os benefícios do ácido succínico sem o risco de estrangulamento. Com essas alternativas, as pedras ficam em contato com a pele do bebê, mas não há perigo de que o acessório se enrosque no pescoço ou que o bebê possa engolir as bolinhas.

Outra opção é o uso do colar sob vigilância constante. Se a mãe ou o pai escolher usar o colar de âmbar, é importante garantir que o bebê esteja sempre supervisionado e que o colar seja retirado ao colocá-lo para dormir, quando os riscos de sufocamento são maiores.

Consultoria: Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra, e Gabriela de Freitas, coordenadora nacional da ONG Criança Segura

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