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A Síndrome dos Ovários Policísticos não impede a gravidez

O médico Mauricio Chehin, do Grupo Huntington Medicina Reprodutiva, esclarece questões cruciais para auxiliá-la a realizar o sonho da maternidade.

Por Dr. Maurício Chehin
Atualizado em 23 Maio 2023, 18h33 - Publicado em 16 fev 2015, 12h21
LarsZahner Photography/Thinkstock/Getty Images
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Uma em cada cinco mulheres sofrem com a disfunção conhecida como Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP). Além do desenvolvimento de cistos nos ovários, ela pode se manifestar como ausência de menstruação, por mais de três ciclos, ou até cessar totalmente.

A SOP geralmente começa a se desenvolver na puberdade. É progressiva e causa um desequilíbrio hormonal, como a produção de hormônio andrógeno em excesso – um dos sintomas do distúrbio é o hirsutismo, que se caracteriza pelo aparecimento de pelos grossos em locais como o tórax, queixo, buço, o abdômen inferior e as coxas. Outro sinal frequente é a ausência da ovulação.

Não é difícil concluir que uma das consequências da doença é a infertilidade. Para se ter uma ideia, 30% dos casos de mulheres que não conseguem engravidar estão relacionados à SOP. Muitas delas, inclusive, só descobrem que têm a doença quando percebem que não estão conseguindo ter filhos e vão a um especialista para resolver o quadro.

As causas que levam à síndrome ainda não são totalmente conhecidas pela ciência, ainda que se acredite que esteja relacionada à incapacidade do ovário em produzir uma quantidade correta de hormônios. Isso faz com que os óvulos dentro dos folículos ovarianos não amadureçam e tampouco sejam liberados, o que formaria pequenos cistos no ovário e, consequentemente, impediria a gravidez.

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No caso de haver infertilidade, seria indicada pelo especialista a indução da ovulação. Ela geralmente é realizada com um medicamento via oral que induz o processo. A maioria das mulheres responde bem a esse tratamento e, após o recrutamento dos óvulos, uma alternativa a essas pacientes seria a Inseminação Intra Uterina ou a Fertilização In Vitro, principalmente se houver outras causas de infertilidade envolvidas.

Já foi comprovado por estudos que a utilização de hormônios durante os procedimentos padrões de reprodução assistida aumenta as chances de gravidez. O médico especialista em Reprodução Humana está apto a fazer a escolha adequada da medicação e do tipo de tratamento, individualizando as necessidades de cada mulher.

É importante que a mulher saiba que há formas de se amenizar os sintomas da SOP e que a possibilidade de engravidar existe quando o quadro é avaliado cuidadosamente e o tratamento correto é administrado.

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