Parto prematuro: o que é normal, o que exige atenção e como cuidar do bebê

Guia completo para lidar e entender mais sobre as necessidades e seguranças de um parto prematuro

Por Redação Pais e Filhos
23 jun 2025, 07h00
Quando o bebê pode nascer? Entenda a melhor semana de gravidez para o parto
 (Philippe Degroote/Getty Images)
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O nascimento antes da hora ainda é uma realidade frequente no Brasil. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, um bebê morre a cada 30 segundos no país em razão de complicações ligadas à prematuridade. Apesar dos avanços médicos que aumentaram as chances de sobrevivência dos prematuros, o tema continua cercado de dúvidas. Entender o que caracteriza um parto prematuro, quais os sinais de alerta e os cuidados após o nascimento é essencial para garantir segurança à mãe e ao bebê.

O que é um parto prematuro

A gestação completa dura entre 37 e 42 semanas. Quando o bebê nasce antes da 37ª semana, esse parto é considerado prematuro. Os nascimentos são classificados em três grupos: prematuros extremos (antes de 28 semanas), prematuros moderados (entre 28 e 33 semanas) e prematuros tardios (entre 34 semanas e 36 semanas e 6 dias).

Quanto mais cedo o nascimento, maiores são os riscos de complicações. Isso porque o corpo do bebê ainda está em formação — pulmões, cérebro e outros órgãos não completaram seu desenvolvimento, o que exige cuidados médicos imediatos para garantir a sobrevivência e reduzir sequelas.

Fatores que aumentam o risco de parto prematuro

A prematuridade pode ocorrer por diferentes motivos. Entre os mais comuns estão:

  • Gravidez múltipla (gêmeos, trigêmeos)
  • Hipertensão na gestação
  • Diabetes gestacional
  • Infecções (urinárias, vaginais ou uterinas)
  • Ruptura precoce da bolsa amniótica
  • Malformações uterinas
  • Histórico de partos prematuros anteriores

A idade da gestante também pode influenciar: mulheres muito jovens ou com mais de 35 anos têm maior probabilidade de enfrentar complicações. O estresse crônico, tabagismo e uso de álcool ou drogas também são fatores que elevam os riscos.

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Como prevenir a prematuridade

A melhor forma de evitar um parto prematuro é seguir um pré-natal cuidadoso desde as primeiras semanas. Consultas regulares, exames de rotina e acompanhamento contínuo ajudam a identificar precocemente qualquer alteração no desenvolvimento do bebê ou na saúde da gestante.

Em casos em que há risco elevado, o médico pode recomendar internação em uma Unidade de Terapia Semi-Intensiva. Nesses locais, a gestante é monitorada por uma equipe multidisciplinar que acompanha em tempo real a evolução da gravidez. Quando necessário, são administrados medicamentos para fortalecer os pulmões do bebê e conter contrações antes da hora.

Diferente do que se imagina, o repouso domiciliar nem sempre é o mais seguro. Embora pareça mais confortável, ele não permite o monitoramento contínuo. A hospitalização oferece melhores condições para adiar o parto e garantir que o bebê permaneça mais tempo no útero — ambiente ideal para o seu desenvolvimento.

Cuidados após o nascimento

Quando o parto prematuro acontece, a prioridade é estabilizar o bebê. Em geral, é necessário manter a temperatura corporal e oferecer suporte respiratório. Os recém-nascidos prematuros podem apresentar dificuldades para respirar, problemas cardíacos, infecções e dificuldades para se alimentar sozinhos.

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Esses bebês costumam ficar em UTIs Neonatais, onde recebem cuidados específicos até estarem prontos para ir para casa. O tempo de internação varia conforme a idade gestacional e o estado de saúde do bebê.

O papel do método canguru

Um dos recursos mais eficazes para o cuidado de bebês prematuros é o método canguru, que consiste no contato direto pele a pele entre o recém-nascido e os pais. Esse contato reduz o estresse, ajuda na regulação da temperatura corporal, melhora a frequência cardíaca e respiratória do bebê, e fortalece o vínculo afetivo.

Além disso, o método canguru estimula o aleitamento materno e tem impacto positivo no ganho de peso e no desenvolvimento neurológico. Por isso, é adotado em diversas maternidades como parte do protocolo de cuidado neonatal.

A importância da informação

A prematuridade pode assustar, mas entender os sinais, os fatores de risco e os recursos disponíveis para apoio faz toda a diferença. Saber o que esperar, buscar um acompanhamento médico adequado e estar preparado para os cuidados com o bebê prematuro contribui para reduzir riscos e garantir uma recuperação mais tranquila.

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