O bebê pode ser grande demais para o parto normal? Quando isso ocorre?

Macrossomia é o termo utilizado para recém-nascidos com mais de 4 kg; a condição não impede o parto natural, mas pode gerar complicações

Por Gabriel Bortulini
11 dez 2024, 17h00
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Apenas o obstetra poderá definir o melhor tipo de parto, independentemente do tamanho do bebê (wavebreakmedia_micro/Freepik/Reprodução)
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Com entusiasmo ou apreensão, o parto é certamente um momento muito aguardado por quem está atravessando um gravidez. Mas a hora do nascimento do bebê é cercada de incertezas, especialmente em partos naturais.

Entre tantos medos, o tamanho do bebê é bastante frequente. Quem já não ouviu a preocupação vinda de uma gestante: “e se o bebê for grande demais?”. A angústia se justifica, certamente. Mas será que, de fato, existem bebês grandes demais para o parto normal?

Bebes grandes para a idade gestacional e bebês macrossômicos

Uma das principais métricas para determinar o tamanho dos fetos é o percentil fetal. É uma escala de 0 a 100, em que quanto mais próximo a 100 mais pesado é o bebê, sempre considerando a idade gestacional e as médias para o período. De maneira geral, deseja-se um percentil perto dos 50. Abaixo de 10, os bebês são considerados pequenos e, acima de 90, são grandes para a idade gestacional (GIG).

Outra classificação diz respeito ao peso do recém-nascido. Geralmente, os bebês têm entre 2,5 kg e 4 kg ao nascer. Quando pesam mais de 4 kg, são considerados macrossômicos, pois estão acima da média.

Macrossomia impede o parto normal?

A macrossomia não significa, necessariamente, um problema, mas pode estar associada a complicações para a saúde e para o parto. Entretanto, apenas o diagnóstico de macrossomia não é suficiente para impossibilitar o parto vaginal.

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Trata-se, no entanto, de um tema que precisa ser discutido com o obstetra, que será capaz de avaliar os riscos e orientar se uma cesariana é necessária ou não. Contudo, quando os bebês têm mais de 4,5 kg, os riscos de complicações do parto e pós-parto geralmente são maiores.

Quais os riscos?

A macrossomia pode ocasionar algumas complicações durante e após o parto — tanto para a mãe quanto para o bebê.

No caso do recém-nascido, pode ocorrer uma distocia de ombro, quando os ombros do neném ficam presos na bacia da mãe. Isso pode provocar fraturas, além de haver o risco de comprimir o cordão umbilical.

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Para a gestante, por outro lado, há maiores riscos de lacerações vaginais, que podem causar hemorragias no parto e pós-parto.

O que provoca a macrossomia?

A macrossomia pode estar associada a fatores genéticos, como famílias compostas por pessoas muito altas, por exemplo.

Gestações prolongadas, histórico de ter tido outro bebê macrossômico anteriormente (ou de ter sido um), obesidade e excesso de ganho de peso durante a gestação também estão relacionados à macrossomia.

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Porém, um dos principais fatores de risco para casos de bebês macrossômicos é o diabetes. Tanto em casos de diabetes gestacional quanto em situações prévias de diabetes podem influenciar o peso do feto, tornando seu crescimento excessivo.

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