Fim da licença-maternidade: 4 dicas para se preparar
Retorno ao trabalho é o primeiro desafio de separação entre mãe e bebê; saiba o que fazer nesse momento
Voltar ao trabalho após o nascimento de um filho é um desafio que pode gerar muita ansiedade para a família da criança e até mesmo para os bebês. Atualmente, conforme a legislação trabalhista brasileira, a licença-maternidade consiste em um período de 120 dias e a licença-paternidade está fixada em 5 dias a partir do nascimento do bebê.
Por isso, quando mães ou pais conseguem um emprego durante os primeiros anos da infância da criança, ou este ciclo de afastamento do trabalho está próximo do fim, algumas medidas podem trazer mais tranquilidade para a família durante essa primeira separação.
1. Conheça seus direitos
Conforme as Seções IV e V da CLT, além da licença-maternidade, as gestantes possuem outros direitos que contemplam o período após o parto. Durante cinco meses após o nascimento do bebê, as mães não podem ser demitidas, exceto por “justa causa”, e se o trabalho que executam representar algum problema para a sua saúde ou para a saúde do bebê, uma mudança de função ou setor também pode ser requerida.
Sempre que fizer uma consulta relacionada ao processo da gravidez ou fizer algum exame, as mães têm direito a uma declaração de comparecimento e ter a falta justificada no trabalho.
Até o bebê completar seis meses, a mãe também tem o direito de ser dispensada do trabalho todos os dias, por dois períodos de meia hora ou um período de uma hora para amamentar. Essa regra também é válida para filhos adotivos.
As empresas com mais de 30 mulheres maiores de 16 anos trabalhando têm como obrigação fornecer um local apropriado para que as mulheres forneçam amamentação para seus filhos ou para retirar o leite materno e armazenar. Outra obrigação sob o mesmo critério é fornecer uma creche ou auxílio-creche.
2. Separação requer adaptação. Antecipe-se
Não deixe para a última hora para se preparar. Com um mês antes do fim da licença-maternidade você já pode começar o processo de adaptação entre você e o bebê. Comece a pensar em quem cuidará da criança: será uma pessoa de confiança ou você escolherá uma creche?Se for uma pessoa de confiança ou da família, crie familiaridade entre ela e a criança para que a pessoa em questão não seja estranha para o pequeno e a responsável entenda melhor as necessidades do bebê. Você pode sair e deixá-lo por 1 hora, aumentando o tempo progressivamente.Se optar por uma creche, visite o espaço para ter segurança e confiança de que seu filho estará num local adequado. Converse com outros pais para saber o que eles acham dos serviços da escola e, quando encontrar a eleita, pode começar a fazer o período de adaptação.
3. Desenvolvimento com afeto
Do nascimento até os 6 anos de idade, a criança está passando por um período importante de desenvolvimento mental, emocional e social. Sentir-se amado e acolhido facilita todo esse processo, por isso, não poupe demonstrações de afeto para que o bebê entenda que está seguro para construir conhecimentos e experimentar o mundo ao seu redor. Faça brincadeiras de esconde-esconde com objetos ou um pano, perguntando ao seu filho onde você está. Aos poucos, ele entenderá que você continua existindo mesmo quando não pode vê-lo.
4. Você não está sozinha
O nascimento de um filho é uma nova realidade, mas saiba que as pessoas ao seu redor compreendem este momento. Tenha uma boa rede apoio, certamente muitas pessoas estarão dispostas a ajudá-la.
No trabalho, converse abertamente com seu superior sobre este novo momento e suas novas necessidades. Na creche ou com a babá, forneça outros telefones de contato além do seu, como o de familiares ou os avós, pois nem sempre você poderá estar disponível.
Conversar com outros pais e mães mais experientes também pode ajudar a enfrentar todos esses novos desafios.