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Dispositivo com ar futurista simula benefício do parto normal

Espécie de incubadora para bebês nascidos via cesárea pretende chegar ao Brasil em 2021, mas não deve substituir a chegada natural ao mundo. Entenda!

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 9 mar 2018, 19h21 - Publicado em 9 mar 2018, 19h20

Por uma série de motivos, o parto normal é melhor para o bebê: ele respira melhor, têm menos risco de infecções, alergias e uma perspectiva de infância mais saudável pela frente. Só que nem sempre ele é possível!

Para os casos em que há indicação de cesárea, a dupla de alemães Johannes Schenck e Claus Peter desenvolveu o NnBU (Neonatal Birth Unit), dispositivo que parece uma incubadora futurista. A ideia do NnBU é simular ao menos um dos efeitos do parto natural: a pressão que o corpo do bebê sofre enquanto passa pelo canal vaginal.

“Esse impulso dos músculos da vagina faz com que o bebê expulse os líquidos que restaram no pulmão”, explica o pediatra e neonatologista Nelson Douglas Ejzenbaum, membro da Sociedade Americana de Pediatria. Quando esse processo não ocorre, o recém-nascido pode ter dificuldade para respirar e o risco de problemas respiratórios aumenta.

Como funciona

Diferente da incubadora, que é normalmente usada para estimular o desenvolvimento adequado de bebês prematuros, aqui o pequeno fica apenas alguns minutos. Logo depois que ele nasce, o dispositivo aplica uma pressão controlada em regiões do torso por um período determinado de tempo, além de acordar gentilmente a criança com luzes – na cesárea, os bebês costumam ainda estar dormindo quando nascem.

O NnBU é promissor, mas não deverá substituir o parto vaginal, apenas ajudar quem não pode fazê-lo. “O parto normal continua sendo melhor porque há outras questões envolvidas, como o recebimento de bactérias da flora vaginal da mãe, que estimulam a formação da microbiota da própria criança”, aponta Ejzenbaum.

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Os inventores estão agora em fase de atrair investidores para o NnBU e começarão a fabricação em maio deste ano. A ideia é que a novidade chegue ao mercado brasileiro em 2021, como informa o site da empresa.

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