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Dia Mundial da Prematuridade: o que é a condição e como preveni-la

Data busca dar visibilidade ao problema dos partos prematuros, que favorecem quadros de anemia, problemas cardiorrespiratórios, infecções e inflamações

Por Luana Pazutti
17 nov 2024, 07h00
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Bebês prematuros são aqueles que nascem antes da 37ª semana de gestação e representam cerca de 10% dos nascimentos no mundo (KamranAydinov/Freepik/Reprodução)
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O 17 de novembro marca o Dia Mundial da Prematuridade, principal causa de mortes no período neonatal. Desde 2008, a data tem o objetivo de ressaltar as necessidades e direitos dos bebês prematuros e de suas famílias.

Em 2023, um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) demonstrou que 10% dos nascimentos do mundo são prematuros. No Brasil, isso não é diferente. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 340 mil bebês brasileiros nascem antes do tempo esperado a cada ano.

O que é um parto prematuro?

Um bebê prematuro é aquele que nasceu pelo menos três semanas antes da data prevista para o parto. Isto é, cujo parto antecedeu a 37ª semana de gestação.

Uma gravidez é considerada “a termo”, quando o nascimento ocorre depois da 39ª semana. Se ele acontece entre a 37ª e a 39ª, é chamado de “termo precoce”, que não configura prematuridade. Já quando o parto é realizado antes disso, ele pode ser classificado como:

  • Prematuro tardio: entre 34 e 36 semanas;
  • Moderadamente prematuro: entre 32 e 34 semanas;
  • Muito prematuro: antes de 32 semanas;
  • Prematuro extremo: antes de 25 semanas.

Quais são os riscos da prematuridade?

A prematuridade pode trazer sérios riscos à saúde do recém-nascido. Afinal, muitos órgãos, como o cérebro, os pulmões e o fígado, ainda estão se formando nas últimas semanas da gestação.

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Além de não possuir gordura corporal suficiente, bebês prematuros costumam enfrentar problemas para respirar e regular a temperatura corporal. Portanto, precisam passar mais tempo na UTI Neonatal após o parto. Estas são algumas das complicações mais comuns da prematuridade:

  • Anemia;
  • Displasia broncopulmonar ou síndrome do desconforto respiratório;
  • Apneia da prematuridade, que provoca pausas temporárias na respiração;
  • Hemorragia intraventricular;
  • Icterícia neonatal, causada por altos níveis de bilirrubina no sangue;
  • Inflamações no intestino;
  • Infecções no sangue;
  • Anormalidades no fluxo sanguíneo do coração;
  • Retinopatia da prematuridade;

Bebês prematuros também podem enfrentar alguns problemas tardios, como paralisia cerebral, problemas de audição ou visão, dificuldades de aprendizagem e crescimento lento.

O que causa um parto prematuro?

O parto prematuro é um fenômeno multifatorial, que pode ocorrer repentinamente ou por questões de saúde. Há algumas condições que aumentam as chances de prematuridade, entre elas:

  • Doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial;
  • Problemas placentários, como descolamento prematuro da placenta e placenta prévia;
  • Pré-eclâmpsia;
  • Sangramentos vaginais ou infecções;
  • Usar substâncias, como drogas e bebidas alcoólicas, ou fumar durante a gestação;
  • Histórico familiar ou pessoal de prematuridade;
  • Gravidez de gêmeos ou múltiplos;
  • Desnutrição;
  • Ausência de cuidados pré-natais.

A idade também pode ser um fator de risco. Gestantes com menos de 17 ou mais de 35 anos têm maiores chances de terem partos prematuros.

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Como minimizar os riscos do seu bebê nascer prematuro?

Embora não exista uma fórmula para evitar o parto prematuro, há alguns cuidados que podem minimizar as chances. Um dos principais é não utilizar álcool, drogas e tabaco durante a gravidez.

Investir em uma alimentação balanceada, na redução dos níveis de estresse e na prática regular de atividades físicas também é essencial. Outra dica é iniciar o acompanhamento pré-natal ainda no primeiro trimestre para que possíveis riscos à saúde sejam mapeados com antecedência.

Comparecer a todas as consultas e verificar a melhor maneira de administrar condições clínicas já existentes é importante para uma gestação saudável. Além disso, é recomendado esperar 18 meses entre uma gravidez e outra.

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