8 cuidados que as mulheres precisam ter no pós-parto

A transição da vida de gestante para a nova fase com o recém-nascido não precisa ser motivo para preocupação, mas exige atenção e cuidados de toda a família

Por Valentina Bressan
13 dez 2024, 09h18
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Cuidados com o bebê recém-nascido dominam as preocupações após o parto, mas a mãe também precisa de atenção (shurkin_son/Freepik/Reprodução)
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Os cuidados com o recém-nascido costumam ser a principal preocupação de toda a família logo após um parto. Mas a gestante, que precisa se adaptar à nova rotina com o bebê e viver as transformações do corpo após o nascimento da criança, também precisa estar atenta à sua saúde.

Além de conhecer sinais de alerta quanto a emergências como infecções ou trombose, que podem ocorrer nas primeiras semanas após o parto, é preciso redobrar os cuidados com a saúde mental para que a transição para essa nova fase seja segura.

Confira oito recomendações de cuidados que as mulheres – e toda a família! – devem ter no pós-parto.

1. Ficar atenta aos alertas de saúde

As 12 horas após o parto são cruciais para detectar complicações de saúde como eclâmpsia, hemorragia ou trombose. Em geral, esse período inicial será passado no hospital, mas é preciso ficar atenta a qualquer sinal de alteração no estado de saúde até a sexta semana após o parto.

Sintomas como tontura, sangramento vaginal excessivo, inchaço nas pernas, presença de pus ou sangramento na cicatriz da cesárea ou no períneo, dor no peito e falta de ar indicam a necessidade de atendimento médico de urgência.

2. Focar na alimentação e hidratação

A amamentação exige muitos nutrientes do corpo da mãe, por isso manter uma dieta balanceada e saudável é essencial no pós-parto. Estima-se que sejam necessárias 500 calorias extra por dia para suprir a energia gasta com a amamentação.

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De forma geral, não há alimentos proibidos durante a amamentação, exceto em casos específicos de intolerância ou alergia, mas é indicado evitar excessos de cafeína e açúcar adicionado. Beber muita água e ingerir fibras é outra dica para evitar a constipação – muito comum nesse período.

3. Acolher as mudanças no corpo

É fundamental lembrar que o corpo passou por intensas transformações durante a gestação: é completamente normal ter estrias, flacidez na pele e mudanças no formato dos seios.

Nas primeiras semanas após o parto, também é esperado que haja sangramento vaginal, assim como cólicas e dificuldades para urinar ou constipação. Essas situações podem ser desconfortáveis, e o médico responsável pela gestante pode indicar tratamentos para facilitar essa transição.

4. Adotar um método contraceptivo

Mesmo antes do retorno da menstruação ao ciclo normal, uma pessoa que acabou de parir já pode engravidar. É um mito que seja impossível engravidar enquanto amamenta: médicos recomendam adotar um método contraceptivo já a partir do 21º dia após o parto.

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Em alguns casos, o dispositivo intrauterino (DIU) pode ser inserido no período de 48 horas após o parto, enquanto mãe e bebê ainda estão no hospital. A melhor opção varia de acordo com cada mulher e deve ser discutida com o médico responsável.

5. Ficar de olho na saúde mental

É tão comum sentir fadiga e ter problemas de sono e de apetite após o nascimento do bebê que o período de duas semanas após o parto ganha o apelido de “baby blues”. As oscilações hormonais geram tristeza e ansiedade, mas quando esses sentimentos perduram e se transformam em uma dificuldade de cuidar de si ou do bebê, o caso pode ser de depressão pós-parto.

A ansiedade e a psicose pós-parto são outras questões de saúde mental que podem acometer a mulher: casos em que há presença de pensamentos suicidas ou medo de ferir a si ou ao bebê são considerados uma emergência médica.

6. Se adaptar à amamentação

A amamentação é um tema que pode trazer preocupação para quem acabou de parir: questionar se o bebê tem a pega correta, se suas necessidades nutricionais estão sendo satisfeitas e lidar com o desconforto nos seios são alguns desafios, em especial para as mães de primeira viagem. Algumas dicas são amamentar o bebê em ambos os peitos, para aliviar o inchaço, e utilizar panos frios para diminuir a dor.

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Vale consultar o médico para saber quais medicações são permitidas durante o período de amamentação e para ter outras recomendações para lidar com as dificuldades dessa fase.

7. Buscar dormir bem

Ter uma rotina de sono saudável é um dos fatores mais influentes sobre a saúde mental e física e, ao mesmo tempo, um dos maiores desafios para quem acaba de ter um bebê. A dica é aproveitar para dormir quando o bebê dorme: nos primeiros meses, o recém-nascido costuma acordar de três em três horas, mas cada bebê cria sua própria rotina.

Ter uma rede de apoio próxima também é fundamental para que a mãe possa ter períodos de descanso, com a garantia de que o bebê está sendo bem cuidado por parentes ou amigos.

8. Retomar a rotina de exercícios aos poucos

Nas primeiras três semanas após o parto, a indicação médica é de evitar atividades físicas intensas. O corpo ainda está se recuperando do processo do parto e, no caso de cesárea, os pontos precisam de tempo para cicatrizar completamente. Uma boa ideia é voltar a ser ativa fisicamente aos poucos: você pode começar com caminhadas curtas, e assim que for possível, pode passear com o bebê ao ar livre.

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