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Quando a infertilidade está no homem

Diferentemente do que o senso comum prega, cerca de metade dos casos de infertilidade do casal é de responsabilidade dos homens. Saiba mais.

Por Rachel Campello
Atualizado em 3 mar 2017, 17h18 - Publicado em 8 jun 2015, 11h02
AndreyPopov/Thinkstock/Getty Images
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Foi-se o tempo em que a mulher era tida como a única responsável pela dificuldade de engravidar. “Atualmente, sabemos que os homens respondem por cerca de metade dos casos de infertilidade do casal”, afirma o urologista Rafael Jacob, professor da Faculdade de Medicina da Unifenas, em Belo Horizonte, e membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia. Por essa razão, quando o casal não consegue engravidar, o primeiro exame pedido é o espermograma, uma análise da amostra do sêmen colhida pelo próprio homem. Simples, rápido e indolor, esse teste revela a qualidade, a quantidade e a motilidade do espermatozóide. Com esse resultado em mãos, é possível descartar várias suspeitas. Veja quais são as principais:

Varicocele: é o problema mais comum de infertilidade masculina (registrado em 40% dos casos). Consiste na dilatação dos vasos sangüíneos que passam pelos testículos, o que provoca o aparecimento de varizes e diminui a circulação local. Isso ocasiona o declínio progressivo da produção dos espermatozóides e a redução do volume testicular. O tratamento é cirúrgico e bem sucedido em 80% dos casos.

Bloqueio dos dutos ejaculatórios: quando os dutos deferentes (canais que levam os espermatozóides dos testículos à uretra para serem ejaculados) estão bloqueados pela vasectomia (uma cirurgia que deixa os homens estéreis), ocorre a azoospermia, que é a ausência de espermatozóides no sêmen. “É possível reverter o quadro com outra cirurgia. Quanto menor o tempo decorrido do procedimento melhor será a reversão”, explica Rafael Jacob. Segundo ele, a taxa de sucesso, ou seja, a gravidez, ocorre em 70% dos casos.

Baixa concentração de espermatozoide: a redução pode ser causada por estresse, idade avançada e o uso de substâncias como a nicotina, maconha e cocaína. Alguns estudos também sugerem que a obesidade pode comprometer a quantidade e a qualidade dos espermatozóides.

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Redução na motilidade do espermatozoide: causada por infecções, varicocele ou defeitos genéticos, prejudica a capacidade do espermatozóide de nadar em direção ao óvulo. Nem sempre é possível reverter o quadro.

Falência testicular: provocada por caxumba, quimioterapia e anabolizantes, reduz a produção dos espermatozóides ou dificulta sua presença na ejaculação. Nesse caso, a retirada dos mesmos pode ser feita por meio de uma cirurgia.

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