O que é o método ROPA, usado por Ludmilla e Brunna para engravidar

Técnica de reprodução assistida é alternativa procurada por casais homoafetivos femininos para participar da gestação de forma conjunta

Por Maurício Brum
Atualizado em 18 nov 2024, 10h56 - Publicado em 18 nov 2024, 07h00
Cantora Ludmilla e sua esposa, Brunna Gonçalves, no momento do anúncio da gravidez, no show Numanice, em São Paulo (Reprodução/Instagram)
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A cantora Ludmilla e a bailarina Brunna Gonçalves vão ser mamães. O anúncio do casal foi feito durante um show no primeiro final de semana de novembro e, tão logo a notícia se tornou pública, as duas também concederam uma entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, contando como viabilizaram a gravidez: elas optaram pelo método de fertilização in vitro conhecido como ROPA.

ROPA é uma sigla para “recepção de oócito da parceira”, uma técnica que vem sendo utilizada por casais homoafetivos femininos para vivenciar uma gestação em que as duas tenham uma participação integral no processo até o nascimento da criança.

Como funciona o ROPA

O nome já indica o que acontece: nesse método, uma das parceiras recebe o oócito (ou óvulo) fecundado da outra. Com isso, uma delas é a responsável por ceder o material genético, enquanto à outra caberá carregar o bebê ao longo do período gestacional.

Nesse caso, Ludmilla deu o óvulo, e Brunna engravidou. A fecundação ocorre através de um processo de fertilização in vitro (FIV): em laboratório, os óvulos são fecundados pelos espermatozoides de um doador anônimo. Depois disso, eles são implantados na gestante.

Como se define quem carrega o bebê numa fertilização por ROPA?

A resposta é: depende! Se as duas integrantes do casal têm óvulos viáveis e são saudáveis o suficiente para levar a termo uma gestação sem riscos maiores do que o normal, não existe contraindicação específica — e, nesse caso, a escolha cabe ao próprio casal, de acordo com suas preferências e objetivos.

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Nessas situações, não é incomum, inclusive, que haja uma alternância no procedimento: se assim desejarem, cada uma das mamães pode engravidar e carregar um embrião gerado pelos óvulos da outra, em momentos diferentes.

Em algumas situações, porém, a escolha depende de aval médico. Isso pode ocorrer quando uma das parceiras tem óvulos menos viáveis ou um maior potencial de desenvolver uma gestação com complicações — por exemplo, por ser mais velha, ou por ter alguma questão de saúde subjacente.

Como em qualquer procedimento de reprodução assistida, discutir bem com a equipe médica sobre as chances de sucesso e riscos envolvidos em cada método de fertilização é sempre o primeiro passo.

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