Novo estudo investiga complicações em gravidez tardia
O trabalho, publicado na revista científica Physiology, relaciona a idade da mãe com a estrutura do útero. Saiba mais!
Focadas na carreira e em outros aspectos da vida pessoal, as mulheres estão tendo filhos cada vez mais tarde. Com isso, aumenta-se o risco de as mães desenvolverem uma série de problemas, como pressão alta, diabetes gestacional e até mesmo de sofrerem partos prematuros ou abortamentos.
E recentemente, cientistas do King’s College London (KCL), do Reino Unido, debruçaram-se para averiguar outro efeito da gravidez tardia: eles avaliaram as modificações fisiológicas que ocorrem com as mulheres que escolhem ser mães com a idade mais avançada, partindo do pressuposto de que essas mudanças podem explicar complicações associadas com a contração no momento do parto.
Publicado na revista científica Physiology, o trabalho relaciona a idade da mãe com a estrutura do útero. Para realizá-lo, os estudiosos fizeram análises utilizando camundongos. Eles observaram ratas grávidas e investigaram alguns fatores: como as contrações ocorrem, como o útero responde à ocitocina, o número de mitocôndrias presentes.
Dessa forma, foi possível notar que as fêmeas mais velhas tiveram a capacidade de contração dos músculos prejudicada, além de responderem menos à contração causada pela ocitocina. Houve, ainda, alteração nos níveis de progesterona e menor quantidade de mitocôndrias.
“Nossa pesquisa destaca que há importantes mudanças fisiológicas e celulares associadas com a idade da mãe que resultam em disfunção do parto. O tempo de parto e o progresso dele está diretamente relacionado à idade materna e isso pode causar complicações”, destacou a Dra. Rachel M. Tribe.
Já a co-autora do estudo, a Dra. Rima Patel, ressaltou a importância de pesquisas como essa, que posteriormente podem influenciar nas condutas clínicas, para que ocorram partos com menos contratempos e mais nascimentos saudáveis.