Inseminação artificial X fertilização in vitro: entenda a diferença

A escolha entre inseminação artificial e fertilização in vitro depende de vários fatores relacionados à saúde do casal

Por Redação Pais e Filhos
6 jan 2025, 17h00
Imagem de um embrião sendo fertilizado em laboratório
 (vchal/Thinkstock/Getty Images)
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A reprodução assistida tem se tornado uma alternativa importante para casais que enfrentam dificuldades para engravidar. No entanto, entre os diversos métodos disponíveis, duas técnicas se destacam: a inseminação artificial e a fertilização in vitro. Embora ambas ajudem no processo de concepção, elas são bem diferentes em relação à forma como o óvulo é fecundado. 

O que é a inseminação artificial?

A inseminação artificial é uma técnica considerada de baixa complexidade. Ela é usada quando o principal obstáculo à gravidez está relacionado à dificuldade dos espermatozoides atingirem o óvulo naturalmente. No processo, o sêmen do parceiro ou de um banco de espermatozoides é coletado em laboratório e, em seguida, inserido diretamente no útero da mulher. O objetivo é facilitar o caminho dos espermatozoides até o óvulo, diminuindo a distância que eles precisam percorrer. 

Esse procedimento pode ser indicado quando o homem tem um espermograma normal ou quase normal, ou quando a mulher tem trompas uterinas abertas, sem obstruções. Para aumentar as chances de sucesso, a mulher recebe medicação hormonal que estimula a ovulação. O sêmen é preparado para que os espermatozoides com maior mobilidade sejam selecionados e utilizados na inseminação.

A chance de sucesso da inseminação artificial é de cerca de 25%, se a mulher for jovem (menos de 35 anos) e estiver com a saúde reprodutiva em boas condições. A inseminação também pode ser indicada em casos em que o casal não pode manter relações durante o período fértil da mulher, ou quando a mulher tem endometriose e já passou por uma cirurgia. 

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Fertilização in vitro (FIV): como funciona?

Já a fertilização in vitro é um procedimento mais complexo. Nesse caso, a fecundação ocorre fora do corpo da mulher. A FIV é indicada para casais que enfrentam dificuldades mais graves para engravidar, como problemas nas trompas uterinas (que podem estar obstruídas ou com baixa função), endometriose profunda, ovário policístico, ou alterações no sêmen masculino, como baixa concentração ou mobilidade dos espermatozoides. Também é uma opção para mulheres mais velhas ou para aqueles casos em que há risco de doenças genéticas que poderiam ser transmitidas ao bebê.

O processo da fertilização in vitro é dividido em várias etapas. Primeiramente, a mulher é medicada para estimular a produção de múltiplos óvulos durante o ciclo menstrual. Essas injeções hormonais têm o objetivo de aumentar as chances de coletar mais óvulos e, consequentemente, de ter mais embriões viáveis. Após a estimulação ovariana, os óvulos são aspirados em um procedimento simples, realizado por meio de uma agulha, e são mantidos em um ambiente controlado no laboratório.

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Em seguida, os espermatozoides do parceiro (ou de um doador) são escolhidos e colocados junto aos óvulos para que a fecundação aconteça. Com o sucesso da fertilização, o embrião começa a se dividir e a se desenvolver dentro de um incubador. Depois de cerca de cinco dias, os embriões formados são transferidos para o útero da mulher. 

A chance de sucesso da FIV é de aproximadamente 55% quando dois embriões são transferidos para o útero, embora esse número possa variar dependendo da saúde reprodutiva da mulher e outros fatores. O uso de múltiplos embriões aumenta as chances, mas também pode trazer o risco de gestações múltiplas, que exigem cuidados especiais.

Quando cada método é indicado? 

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A escolha entre inseminação artificial e fertilização in vitro depende de vários fatores relacionados à saúde do casal. A inseminação artificial é indicada para casos mais simples, quando o problema está principalmente na dificuldade de o esperma chegar ao óvulo. Para aqueles com dificuldades maiores, como trompas obstruídas ou questões mais sérias de fertilidade, a fertilização in vitro tende a ser a melhor opção.

Embora a FIV seja mais complexa e custosa, ela tem uma taxa de sucesso mais alta, especialmente em casos onde a inseminação artificial não é suficiente. Ela ainda destaca a importância de uma avaliação cuidadosa de cada casal, levando em conta fatores como idade, saúde reprodutiva e histórico médico.

Consultoria: Dra. Melissa Cavagnoli, especialista em reprodução assistida da Huntington Medicina Reprodutiva.

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