Grávida no verão: como evitar os desconfortos da temporada de calor

Termômetros lá em cima são sinônimo de férias, alegria e descontração! Mas, na gravidez, é preciso alguns cuidados extras para garantir que o bem-estar continue reinando, afinal, o calor pode desencadear algumas alterações no organismo. Com as atitudes corretas, entretanto, é possível atravessar a estação mais quente do ano com bastante conforto.

Por Suzana Dias (colaboradora)
Atualizado em 27 out 2016, 21h13 - Publicado em 28 Maio 2015, 11h30
Thinkstock/Getty Images
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A gestante, naturalmente, já tem uma tendência a sentir mais calor porque seu metabolismo está mais acelerado. Junte-se a isso o fato de se morar num país tropical, abençoado por temperaturas que rondam os 40 graus em boa parte do território durante o verão e o resultado pode ser uma série de desconfortos. Veja por que cada um deles ocorre e o que fazer para impedir que surjam:
 
Reduzindo o inchaço
“O aumento da temperatura faz com que a pressão arterial, que na gestante habitualmente já é baixa, caia um pouco mais, dificultando o retorno venoso. Com isso, ela tem maior retenção de líquido e surge esse edema”, explica Carla Kikuchi, obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana, de São Paulo. Para minimizá-lo, a dica principal é beber muita água. Além disso, praticar atividade física, dormir com as pernas ligeiramente elevadas em relação ao corpo e evitar permanecer muito tempo na mesma posição. Fazer sessões de drenagem linfática é um ótimo auxílio, porém você deve procurar um profissional habilitado, de preferência com formação em fisioterapia, e a massagem não deve ser realizada na área do abdômen. Antes, verifique com seu obstetra se não há impedimento no seu caso.
 
Afaste o risco de tonturas ou desmaios
De novo, a queda da pressão arterial é a culpada. Para não se sentir mal a ponto de ficar tonta ou desmaiar, o jeito é ingerir água em abundância, se alimentar a cada três horas e evitar locais muito quentes, principalmente onde houver multidão.
 
Dorzinha de cabeça chata
O santo remédio chamado água mais uma vez deve ser convocado quando a dor de cabeça ataca. É que a cefaleia, no calor, normalmente está relacionada à desidratação. Sair do sol também ajuda. Mas há outras causas para o incômodo e é preciso estar atenta. A pressão baixa (de novo, ela!) pode ser a responsável e, para normalizá-la, ingestão de água, apenas. “Algumas gestantes podem pensar em consumir mais sal para elevar a pressão arterial, mas não é recomendável porque irá aumentar a retenção hídrica, que por sua vez leva ao inchaço”, diz Rosane Santana Rodrigues, médica especialista em ginecologia, obstetrícia e reprodução humana da Clínica Invita, de São Paulo. Baixas de açúcar no sangue também podem piorar a cefaleia, então, para garantir que os níveis glicêmicos fiquem estáveis, lembre-se de comer a cada duas ou três horas, no máximo.
 
Muito cuidado com as manchas de pele
No quesito cuidados com a pele, se tiver que pecar, que seja pelo exagero de cuidados. “O melasma da gestação, que são aquelas manchas que podem surgir no rosto e em outras partes do corpo, não é nada estético e só sai com tratamento a laser, por isso o ideal é preveni-lo”, recomenda Rosane Rodrigues. Como a formação dessas manchas é disparada pela exposição ao sol, vale fazer um estoque de protetor solar com FPS acima de 60 e cobrir todas as áreas expostas antes de sair de casa. “O melhor é optar por bloqueadores à base de gel ou ‘oil free’ para evitar acne, que pode aparecer nessa fase. Na praia ou piscina, reaplicar a cada duas horas, usar chapéu e evitar exposição direta ao sol”, complementa Carla Kikuchi. E, por falar em pele, para reduzir a chance do aparecimento de estrias, a dica é, além de passar muito hidratante pelo corpo, hidratar-se por via oral, sem moderação, com água, água de coco e sucos de fruta naturais!

Recomendações gerais para um verão feliz

Roupas: mais do que nunca, é hora de usar e abusar de vestidinhos leves, bermudas largas e blusinhas bem soltas. O conforto é essencial para se sentir bem no calor. Prefira tecidos naturais, como o algodão, que favorecem a troca de calor com o ambiente. Fique longe dos tecidos sintéticos, que dificultam a transpiração.
 
Ar-condicionado: ele funciona quase como um oásis em cidades quentes, como o Rio de Janeiro, no verão. Ninguém consegue dormir sem ar-condicionado e, durante o dia, todos rezam para encontrar lugares refrigerados para se abrigar do sol por alguns momentos. “A gestante pode se expor ao ar-condicionado, mas como tem a imunidade um pouco mais frágil, deve ter cuidado com as mudanças de temperatura bruscas e frequentes”, alerta a médica Carla Kikuchi. Outro cuidado é com o ressecamento das vias aéreas superiores. Para dormir no fresquinho, use um umidificador de ar, uma toalha molhada ou uma bacia com água no ambiente.
 
Alimentação: no verão, as viroses são mais frequentes, então, vale redobrar a atenção com a higiene dos alimentos, especialmente aqueles consumidos fora de casa. Beba sucos apenas quando tiver certeza de que são preparados com água filtrada ou mineral. Na praia, por mais que dê vontade, não coma nada vendido por ambulantes ou em quiosques, pois não é possível saber como foi o preparo desses petiscos. Leve um lanche saudável preparado em casa.
 
Biquíni seguro: “A grávida é mais predisposta à infecção por fungos porque o PH da vagina encontra-se mais ácido, por isso é muito importante não permanecer com o biquíni molhado após o mergulho em mar ou piscina”, recomenda Rosane Rodrigues. Não custa ter, na sacola, mais um ou dois conjuntos para usar enquanto o outro seca, não é mesmo?

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