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Estudos comprovam que a alimentação pode ajudar a engravidar

O médico Mauricio Chehin, do Grupo Huntington Medicina Reprodutiva, esclarece questões cruciais para auxiliá-la a realizar o sonho da maternidade.

Por Dr. Maurício Chehin
Atualizado em 28 nov 2016, 18h12 - Publicado em 19 fev 2015, 18h16

Os casais que buscam uma gravidez devem sempre pensar em manter um estilo de vida saudável. Especialmente aqueles que enfrentam dificuldades para engravidar devem considerar o efeito benéfico que uma alimentação balanceada pode exercer sobre a fertilidade.

Deve-se levar em conta a importância da ingestão adequada de nutrientes essenciais ao funcionamento celular. Tanto os óvulos quanto os espermatozoides são células especiais que precisam estar adequadamente formadas para gerar um embrião saudável.

Já abordamos por aqui a ligação entre o estresse e a fertilidade. Ainda que a ciência não determine categoricamente essa conexão, sabemos que ansiedade e a tensão têm efeitos sobre hormônios relacionados às funções reprodutivas. Por esse motivo, o que poderíamos esperar de nossa alimentação como um meio de potencializar a fertilidade?

Um estudo realizado pela Universidade de Harvard, com 18 mil voluntárias intencionadas a engravidar, mostra o efeito de hábitos alimentares em mulheres que pretendem ter filhos. Ao longo de oito anos, muitas delas foram bem sucedidas em seu objetivo. No entanto, uma em cada seis não teve a mesma sorte. Ao analisar os fatores por trás do insucesso, os cientistas verificaram algo curioso: eles notaram que a insulina e a globulina carreadoras dos hormônios sexuais tiveram papeis importantes nesse cenário, já que as duas substâncias influenciariam diretamente a ovulação. De acordo com eles, quando os níveis de insulina – hormônio responsável pelo metabolismo de açúcar – sobe muito rapidamente no sangue e, em seguida, despenca, a globulina carreadora acompanha essa oscilação. Essa reação em cadeia afeta o equilíbrio hormonal, elevando os níveis de hormônios masculinos. Esse excesso, no organismo feminino, interrompe a ovulação e isso definitivamente não é favorável para quem quer engravidar.

Pensando nisso, listamos alguns alimentos que, de acordo com o estudo, poderiam estabilizar as funções hormonais, permitindo que mulheres sem problemas crônicos de infertilidade possam, eventualmente, gerar um bebê com o auxílio de uma dieta equilibrada.

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Pães e cereais integrais ao invés de arroz branco e pão francês

Segundo o estudo de Harvard, alimentos integrais possuem IG (índice glicêmico) bem menor que alimentos processados ou derivados desses. Esse parâmetro avalia a velocidade com que um alimento é absorvido pelo organismo. Trocando em miúdos, quanto maior o IG, mais acentuados serão os picos de insulina e, consequentemente, o desequilíbrio hormonal. Mulheres participantes do estudo com IG alto apresentaram 92% mais dificuldades em engravidar comparadas às que comiam alimentos integrais.

Óleo de soja e canola ao invés de gorduras trans

Não se pode abolir a gordura do organismo uma vez que ela é a matéria-prima para os hormônios sexuais. As poliinsaturadas, como o óleo de soja e de canola, consumidos moderadamente, são muito bons para os órgãos reprodutores femininos. Vale ressaltar que a gordura trans é uma péssima escolha, já que uma pequena quantidade já é suficiente para prejudicar algumas funções hormonais.

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Proteínas vegetais em vez de proteínas animais

Feijões, soja e grãos são alimentos com proteína vegetal. Ela geralmente facilita a ovulação. De acordo com os médicos americanos, carne de frango e peru podem dificultar o processo de concepção, enquanto a ingestão de carne vermelha em comparação à mesma quantidade de proteína vegetal, chegam a aumentar em até 50% os problemas de fertilidade.

Laticínios integrais ao invés de desnatados

O estudo de Harvard aponta que laticínios sem gordura aumentam o desequilíbrio hormonal. Por isso, os integrais serão sempre bem-vindos. Dar preferência a um copo de leite integral por dia já é suficiente para aumentar a fertilidade.

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