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Embriões frescos ou congelados na FIV: qual é mais eficiente?

Entenda os prós e contras de cada tipo de fertilização e como cada um funciona em cada caso

Por Redação Pais e Filhos
22 out 2025, 12h00
Imagem de um óvulo sendo fertilizado em laboratório
 (the-lightwriter/Thinkstock/Getty Images)
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A busca pela maternidade e paternidade por meio de métodos de concepção assistida é uma trajetória repleta de expectativas, dúvidas e decisões importantes. Entre as opções disponíveis, a Fertilização in Vitro (FIV) se destaca como uma das mais eficazes. Dentro dessa abordagem, um tema que gera muitas perguntas é a escolha entre utilizar embriões recém-fertilizados ou criopreservados, ou seja, congelados antes da transferência para o útero. Cada estratégia tem seus benefícios e particularidades, e entender como elas funcionam é fundamental para quem está planejando a gestação.

O que é a criopreservação total e por que ela importa

A criopreservação total envolve o congelamento de todos os embriões antes da transferência uterina. Essa técnica tem ganhado destaque por permitir que o procedimento ocorra em um momento mais adequado para o útero, sem que o ambiente seja influenciado pelos hormônios administrados durante a estimulação ovariana. Alguns especialistas em reprodução humana dizem que essa estratégia aumenta a segurança do procedimento e pode melhorar as chances de implantação, já que o útero está em condições ideais para receber o embrião. Além disso, o congelamento permite programar melhor os ciclos de transferência, oferecendo maior flexibilidade para pacientes e médicos.

Quando o congelamento pode não ser a melhor opção

Apesar dos benefícios, a criopreservação nem sempre é a escolha mais eficaz para todos. Pesquisas recentes indicam que, em casos de pacientes com potencial gestacional mais limitado, como mulheres com idade avançada ou baixa reserva ovariana, a transferência de embriões frescos pode gerar resultados mais positivos. Estudos históricos focaram principalmente em pacientes com alto potencial de sucesso, mostrando taxas semelhantes entre embriões frescos e congelados. No entanto, havia pouca informação sobre os efeitos em cenários mais desafiadores.

O estudo que trouxe novos insights

Um estudo envolvendo 838 mulheres chinesas, entre 33 e 34 anos, analisou os resultados da FIV em pacientes com perspectiva gestacional mais difícil. O grupo que recebeu embriões recém-fertilizados apresentou uma taxa de nascimentos bem-sucedidos de 40%, enquanto o grupo que utilizou embriões congelados alcançou 32%. Curiosamente, os embriões frescos mostraram taxa de gestações ligeiramente menor (39% contra 47%) e menor índice de nascimentos cumulativos em um ano (44% contra 51%). Não houve diferenças significativas quanto ao peso dos bebês, complicações gestacionais ou problemas de saúde entre os grupos.

O que esses resultados significam na prática

Esses achados sugerem que a transferência de embriões frescos pode ser mais indicada para pacientes com cenários menos favoráveis, aumentando as chances de um nascimento bem-sucedido. Ainda assim, cada caso é único. O número de embriões transferidos, o estágio de desenvolvimento e características individuais da paciente podem influenciar diretamente o resultado. Por isso, é fundamental que a escolha seja personalizada, considerando todas as variáveis clínicas e a experiência do especialista.

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Criopreservação: vantagens e cuidados

O congelamento de embriões, feito por vitrificação, protege as células e mantém alta taxa de sobrevivência ao descongelamento. Essa estratégia reduz o risco de complicações e permite programar melhor os ciclos de FIV. No entanto, existe a possibilidade de danos mínimos durante o descongelamento, o que pode afetar os resultados. Médicos reforçam que se o número de embriões é limitado, a transferência fresca pode ser a melhor opção, mas é sempre importante avaliar cada paciente individualmente.

Uma decisão que deve ser baseada em informação

A Fertilização in Vitro é um caminho complexo, cheio de decisões importantes, mas também repleto de esperança. Entender as diferenças entre embriões frescos e congelados ajuda a tomar decisões mais seguras e alinhadas ao perfil de cada paciente. Com o acompanhamento de especialistas e escolhas baseadas em evidências, o sonho de formar uma família pode se tornar realidade de maneira planejada e consciente.

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