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Dormir de barriga para cima pode dobrar o risco de morte do bebê

Estudo britânico chama atenção para relação ainda desconhecida entre a posição da mãe na cama e a saúde do bebê dentro da barriga.

Por Chloé Pinheiro
30 nov 2017, 17h13

Atenção, gestantes: pelo jeito, é melhor não dormir com o barrigão para o alto. É que uma pesquisa realizada com mais de mil mulheres na Inglaterra revelou que esse hábito pode dobrar o risco de morte do bebê antes mesmo que ele nasça. O estudo, feito por duas instituições inglesas, foi publicado agora em novembro de 2017, no periódico British Journal of Obstetrics & Gynaecology.

Para chegar ao resultado, os especialistas investigaram os hábitos de sono e o parto de 291 mulheres cujos bebês haviam falecido depois da 28ª semana de gravidez e 733 voluntárias cujos filhos nasceram saudáveis. As adeptas da barriga para cima estavam mais suscetíveis a estar no primeiro grupo.

Além disso, ao estimar o risco para a população geral, os cientistas concluíram que até 3,7% das fatalidades podem estar ligadas à posição, que parece ser mais danosa no último trimestre. Embora os próprios autores indiquem que mais estudos sejam necessários para entender o porquê disso, já há algumas suspeitas. Uma delas é a circulação sanguínea, que poderia ficar comprometida e diminuir o fluxo sanguíneo para o bebê.

Tanto que outros estudos demonstraram que o abastecimento de sangue para o cérebro do pequeno fica prejudicado quando a mãe está deitada assim a partir da 28ª semana. Já um trabalho recente da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, mostrou não só a mesma relação, mas que, enquanto as mães estão de barriga para cima, os bebês ficam mais quietinhos. E o movimento fetal é um dos indícios da saúde do filho.

Como dormir corretamente?

“O que sabemos é que, especialmente para hipertensas, o ideal é dormir virada para o lado esquerdo, porque descomprime a veia cava e melhora o retorno venoso, o que diminui a pressão e facilita a circulação”, aponta Domingos Mantelli, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, em São Paulo.

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Mesmo que a mãe não tenha essa doença, a posição parece ser a melhor para garantir que o sangue chegue perfeitamente à placenta. E, veja bem, é preciso virar para a esquerda mesmo. Tanto que no estudo britânico os autores citam o deitar para a direita como um dos fatores que pode estar ligado à morte fetal – elo ainda a ser confirmado.

Para facilitar o corpo a ficar nessa posição, use travesseiros entre as pernas e ombros. Os especialista reforçam, entretanto, que o cuidado deve ser tomado só na hora de ir dormir – e que não é preciso pânico ao acordar de barriga para cima. Basta virar para o lado (esquerdo!) e voltar a dormir tranquila.

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