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Covid-19: vacinação na gravidez é segura e protege o bebê

Pesquisas demonstram que a imunização de mulheres grávidas traz benefícios à criança e pode prevenir complicações relacionadas a doenças e à gestação

Por Isabelle Aradzenka
30 set 2021, 17h40

Já pensou que o seu bebê poderia nascer protegido contra a Covid-19? É isso que um novo estudo publicado pela American Journal of Obstetrics and Gynecology reforça. A pesquisa divulgada dia 21 de setembro confirmou a presença de anticorpos contra a doença no cordão umbilical de 36 recém-nascidos de mães que foram vacinadas.

Em sua maioria, as gestantes escolhidas para análise tomaram a 1° dose da versão do imunizante da Pfizer ou da Moderna no segundo trimestre de gravidez.

Em 100% dos casos, foi identificado a ocorrência da transmissão vertical dos anticorpos da vacina da mãe para o bebê através da placenta, ou seja, o pequeno já saiu da barriga com uma quantidade significativa de anticorpos para protegê-lo nos primeiros dias de vida.

A pesquisa, que não é a primeira a identificar este resultado, ainda observou que o período entre a vacinação e o parto pode influenciar na quantidade dos anticorpos presentes, mas ressaltou que essas informações ainda precisam ser estudadas mais a fundo.

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“Nossos resultados se somam a uma lista crescente de razões importantes pelas quais as mulheres devem ser aconselhadas a receber a vacina COVID durante a gravidez, indicando o benefício neonatal e a proteção potencial contra a doença COVID nos primeiros dias de vida”, destaca a pesquisa.

Um apelo à vacinação na gravidez

Também preocupado com o baixo índice de imunização entre as gestantes, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, divulgou no dia 29 uma recomendação para que seja incentivada a vacinação entre grávidas, lactantes ou mulheres que desejam iniciar a gestação.

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“O CDC recomenda fortemente a vacinação com COVID-19 antes ou durante a gravidez, porque os benefícios da vacinação superam os riscos conhecidos ou potenciais”, relata em nota oficial. Isso porque, as médias móveis de novos casos nos EUA voltaram a aumentar nas últimas semanas, com ascensão dos casos em crianças também.

Além disso, o centro pontuou que gestantes que contraíram a Covid-19 possuem um risco maior de desenvolver quadros graves, a nível de hospitalização, ou até fatais. “Além dos riscos de doença grave e morte para grávidas e recém-grávidas, há um risco aumentado de resultados adversos na gravidez e neonatais, incluindo parto prematuro e admissão de seu recém-nascido em uma unidade de terapia intensiva (UTI)”, acrescenta.

As recomendações da entidade questionam os motivos pela escolha da não imunização deste grupo, mesmo que já se tenha sido comprovado que ela traz benefícios tanto para a grávida, quanto para o bebê. Está na hora de se vacinar, mamãe!

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